Desenvolvimento de compósito magnético pH-responsivo à base de quitosana/poli-2-(diisopropilamina) etil metacrilato para estudos de adsorção, preparo de amostras e liberação controlada de avermectinas
Composto magnético, pH responsivo, quitosana, poli(2-(diisopropilamina) etil metacrilato), avermectinas
Neste trabalho, um compósito magnético e sensível ao pH à base de quitosana/poli(2-diisopropilamina) etil metacrilato (Fe3O4/SiO2/CS/PDPA) foi sintetizado e investigado como material adsorvente em estudos de adsorção e preparo de amostras, para remoção de avermectinas de meio aquoso e leite, respectivamente. E posteriormente, como nanocarreador de liberação controlada com propriedade pH responsiva que possa encapsular avermectinas para aplicação no tratamento de pragas e vermes parasitas em animais. O material foi caracterizado por diferentes técnicas para avaliar suas características. O processo de adsorção foi investigado com resultados mais favoráveis em pH 8,0, utilizando 20 mg de adsorvente e agitação por 5 min. Nessas condições, o material apresentou eficiência de adsorção de 80,55 ± 4,64%, 69,94% ± 0,93 e 74,80 ± 5,20% para eprinomectina, doramectina e ivermectina, respectivamente. O mecanismo de adsorção foi investigado utilizando o modelo cinético de pseudo-segunda ordem e o modelo de isoterma de Langmuir-Freundlich dual-site. No preparo de amostras, visando uma melhor e reprodutível recuperação dos analitos, em amostras de leite enriquecidas com os padrões, alguns parâmetros foram avaliados, como pH da solução da amostra, a influência do solvente de eluição e volume desse solvente, volume da amostra, quantidade do material adsorvente e tempo de agitação para adsorção. A média das recuperações foram de 77,51% para eprinomectina, 78,76% para doramectina e 81,69% para ivermectina. A validação do método foi conduzida no intervalo de 0,02-0,96 μg mL-1 e apresentou linearidade com coeficientes de correlação de 0,997 para eprinomectina e 0,995 para doramectina e ivermectina, além de adequada precisão e exatidão nas condições avaliadas. O método foi aplicado na análise de uma amostra real de leite contaminado com resíduos de eprinomectina. O material também foi utilizado em estudos de liberação controlada, onde apresentou altos valores de eficiência de encapsulação, 92,8 ± 4,53% para eprinomectina e 95,1 ± 5,11% ivermectina O ensaio de liberação das avermectinas foi realizado nos pHs 4,56, 7,54 e 8,69 e a taxa de liberação foi de aproximadamente 4,16% para eprinomectina e 3,91% para ivermectina em pH 4,56 após 48h, sendo a liberação maior em meio ácido que em meio neutro/básico. O mecanismo de liberação que melhor se ajustou foi o de Higuchi, em todos pHs.