LITERATURA NA CRECHE: OS BEBÊS NO ENCONTRO COM OS LIVROS
: Creche. Bebês. Literatura. Livro literário.
O presente trabalho trata-se de uma pesquisa de mestrado em andamento, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Educação Processos socioeducativos e práticas escolares - Mestrado em Educação da Universidade Federal de São João del-Rei, MG. Articula-se ao grupo de pesquisa Centro de respeito às infâncias e suas aprendizagens - CRIA (UFSJ) e a uma pesquisa interinstitucional denominada “Leitura e práticas pedagógicas na escola da Infância em tempos de pandemia: ação docente para o ensino e aprendizagem on-line e presencial”. O estudo, ora apresentado, tem como problemática: qual é o meio oferecido aos bebês em uma creche no que se refere às práticas literárias? Que relações têm os bebês com o livro, a proferição das histórias? O objetivo é observar, analisar e refletir sobre os determinantes da interação dos bebês com a literatura e com o livro literário na creche. Adotamos o método materialismo histórico dialético juntamente com instrumentos da metodologia qualitativa, tendo a observação participante como principal fonte de produção de dados, além do estudo de leis e documentos orientadores que subsidiam as práticas pedagógicas da Educação Infantil, dentre eles as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (DCNEI), a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Currículo Referência de Minas Gerais (CRMG). Para compor o arcabouço teórico, são utilizadas algumas premissas da Teoria Histórico-Cultural e o conceito de triângulo amoroso entre adulto, livro e criança, de Yolanda Reyes (2010). Os resultados ainda estão sendo construídos, mas os estudos realizados até o momento possibilitam constatar que a importância e direito de atendimento educacional na creche vem sendo construído historicamente, mas há muito que avançar. Já é possível também mencionar que os bebês se relacionam com a cultura literária em que se encontram imersos, demonstrando capacidade de participação ativa das práticas de linguagem mesmo não falando ou lendo convencionalmente, potencializando o desenvolvimento das funções psíquicas superiores.