AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE PROTEÍNAS QUIMÉRICAS PARA O
IMUNODIAGNÓSTICO DA ESQUISTOSSOMOSE MANSONICA
Schistossoma manosni, diagnostico, kit
A esquistossomose mansoni é uma doença parasitária que constitui um relevante problema
de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento, devido à sua elevada
morbimortalidade. O diagnóstico da esquistossomose enfrenta desafios significativos,
especialmente em áreas de baixa endemicidade, onde a sensibilidade dos métodos
convencionais, como Kato-Katz, é limitada. Métodos de diagnóstico moleculares, embora
sensíveis e específicos, possuem alto custo e baixa aplicabilidade em larga escala. Nesse
cenário, este trabalho se propõe a avaliar o desempenho de proteínas quiméricas como alvos
antigênicos em kits de diagnóstico imunológico. As proteínas quiméricas foram desenhadas
para conter epítopos conservados de Schistosoma mansoni, com potencial para melhorar a
sensibilidade e especificidade diagnóstica. Foram utilizados métodos de expressão
heteróloga em Escherichia coli, purificação por cromatografia de afinidade e análise por
técnicas imunológicas, como ELISA, para testar a reatividade com amostras sorológicas. O
estudo explorou a otimização de condições de purificação, incluindo o uso de tampões
ajustados ao ponto isoelétrico das proteínas e a purificação de corpos de inclusão utilizando
cloridrato de guanidina. Os resultados mostraram que as proteínas recombinantes rSH2,
rSH3, rSH4 e rSH5 apresentaram reatividade imunológica promissora, indicando sua
viabilidade como componentes de kits diagnósticos. A produção nacional dessas proteínas
quiméricas demonstra potencial para reduzir custos, melhorar a acessibilidade e contribuir
para a inovação tecnológica no diagnóstico de esquistossomose. O desenvolvimento desses
kits representa um avanço estratégico na vigilância e controle da doença, com impacto direto
na saúde pública.