Banca de DEFESA: DÉBORA PATRÍCIA MARTINS DE DEUS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DÉBORA PATRÍCIA MARTINS DE DEUS
DATA : 08/07/2025
HORA: 09:00
LOCAL: On line
TÍTULO:

Vaccinia virus: ESTUDO DE PROSPECÇÃO DE EXTRATOS DE PLANTAS E COMPOSTOS SINTÉTICOS in vitro COMO POTENCIAIS FÁRMACOS ANTIVIRAIS


PALAVRAS-CHAVES:

testes antivirais, β-carbolínicos, Bauhinia holophylla, Vaccinia virus, Orthopoxvirus.


PÁGINAS: 100
RESUMO:

O Vaccinia virus (VACV) pertence ao gênero Orthopoxvirus (OPV) e pode causar pústulas não letais na pele de humanos e animais. Esse vírus destaca-se pelo seu uso frequente como protótipo do gênero. No passado, ele foi fundamental para o desenvolvimento da vacina contra varíola e erradicação da doença. Porém, mesmo após quatro décadas da erradicação da varíola, os OPV continuam oferecendo risco à saúde de humanos e animais. A zoonose Vaccinia bovina (VB) é uma doença exantemática que afeta principalmente humanos e bovinos em países como Brasil e Reino Unido, causando prejuízos à saúde e à economia. Tem sido relatado o aumento do número de hospedeiros do VACV para além dos bovinos incluindo animais domésticos como cães e gatos. A ausência de um antiviral específico para VACV, aliado ao aumento do número de hospedeiros demonstra o quão importante se tornou a busca por antivirais para o tratamento do VACV. Assim, o objetivo do presente estudo é avaliar a atividade antiviral de 7 compostos sintéticos inéditos, 2 extratos e 6 partições da planta Bauhinia holophylla. Para isto, a multiplicação do vírus foi feita em células Vero-CCL81 e duas técnicas foram utilizadas para a determinação do título viral:  dose infectante por cultura de tecidos 50% (TCID50) e  ensaio de placa de lise. O título viral obtido foi de 8,9.10 7 PFU/mL, por meio da técnica de formação de placas de lise e este foi utilizado para os demais experimentos. Então, sete multiplicidades de infecção (MOI) para a padronização dos ensaios antivirais foram avaliadas utilizando a técnica colorimétrica do 3- (4,5- dimetiltiazol-2-il) -2,5-difeniltetrazólio (MTT). De acordo com a presença da infecção e os efeitos citopáticos causados pelo VACV, a MOI de 0,1 foi escolhida para os demais experimentos. Para os ensaios de citotoxicidade e antivirais, três técnicas foram avaliadas para a padronização da análise da viabilidade celular e da atividade antiviral : MTT/AlamarBlue/cristal violeta. A partir da análise da viabilidade celular foi calculado a concentração citotóxica para 50% das células (CC50). As leituras realizadas por cristal violeta foram avaliadas pelo software ImageJ, no entanto o uso desta técnica para análises da citotoxicidade é indicado em conjunto com a técnica MTT, este fato aliado ao alto custo do AlamarBlue permitiu padronizar o ensaio de citotoxicidade revelado por MTT. Para os ensaios antivirais, uma metodologia alternativa foi selecionada para calcular a concentração protetora para 50% das células infectadas (CE50), baseada na fixação com formaldeído e coloração com cristal violeta e análise utilizando o software ImageJ. Após as padronizações, foi iniciada a triagem de avaliação antiviral global dos compostos sintéticos, extratos e partições, e o índice de seletividade foi determinado. Os compostos sintéticos β-carbolínicos apresentaram valores de CC50 entre 26,8 e 870,3 μM, sendo classificado(s) desde não citotóxico(s) até aquele(s) com elevada citotoxicidade, mas não apresentaram atividade antiviral contra VACV. Para os 2 extratos e 6 partições da B. holophylla, nenhum apresentou citotoxicidade nas doses testadas (6,3 – 400 μg/mL). Além disso, a fração diclorometânica (DCM) 2018 apresentou destaque pois apresentou CC50 de 373,6 μg/mL e atividade antiviral CE50 de 57,63 μg/mL e IS de 6,5. As demais não apresentaram atividade antiviral. Assim, pode ser concluído que a partição DCM (2018) possui potencial para o uso no tratamento antiviral de infecções por VACV.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1742677 - JAQUELINE MARIA SIQUEIRA FERREIRA
Interna - 113.913.236-96 - GABRIELA FRANCINE MARTINS LOPES - UFSJ
Interno - 1673648 - JOSE CARLOS DE MAGALHAES
Externo à Instituição - FELIPE ROCHA DA SILVA SANTOS - UFMG
Externa à Instituição - CINTIA LOPES DE BRITO MAGALHÃES - UFOP
Externa à Instituição - CAROLINA COLOMBELLI PACCA MAZARO - FAMERP
Notícia cadastrada em: 30/06/2025 13:50
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