Banca de DEFESA: KAREN SARTORI JEUNON GONTIJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KAREN SARTORI JEUNON GONTIJO
DATA : 17/02/2025
HORA: 13:30
LOCAL: https://meet.google.com/mac-ndvw-qof
TÍTULO:

Detecção e caracterização da ação antiviral nas espécies vegetais Smilax brasiliensis e Phyllanthus brasiliensis frente ao vírus Mayaro


PALAVRAS-CHAVES:

Alphavirus; Arbovirus, Antivirais; Plantas Medicinais.


PÁGINAS: 98
RESUMO:

O vírus Mayaro (MAYV), antes restrito a ciclo silvestre entre primatas não humanos e mosquitos Haemagogus, era dado como causa de infecção humana esporádica, com incidências limitadas a populações ribeirinhas do norte do país. Entretanto, já foi detectado ou tiveram casos suspeitos em pelo menos 11 estados, com destaque para Goiás, sugerindo uma expansão geográfica para áreas urbanas. Não há antivirais específicos ou vacinas licenciadas contra o MAYV, o que ressalta a importância da pesquisa de alternativas terapêuticas. Nesse contexto, extratos e compostos vegetais têm se mostrado promissores na busca por novos antivirais. O presente estudo avaliou a atividade antiviral de extratos, frações enriquecidas e compostos isolados a partir das espécies vegetais Smilax brasiliensis e Phyllanthus brasiliensis contra o MAYV. O estudo determinou os extratos mais promissores, os mecanismos de ação, e os ensaios foram aprofundados para as lignanas filantostatina A e tuberculatina, isoladas de P. brasiliensis. Inicialmente, foi avaliada a citotoxicidade para determinar a concentração citotóxica para 50% das células (CC50). Em seguida, foi obtida a concentração efetiva protetiva para 50% das células infectadas (CE50) e determinado o índice de seletividade (IS). Aos mais promissores, foram investigados possíveis mecanismos de ação. Para a espécie S. brasiliensis, os dados
mostraram que frações enriquecidas de ácidos graxos (AG) e ésteres metílicos (FAME) apresentam ação antiviral com CE50 de 6,0 e 1,9 μg/mL e IS de 7,3 e 75,6, respectivamente. Quanto à P. brasiliensis, quatro extratos avaliados mostraram potente ação antiviral, com CE50 entre 1,4 e 6,0 μg/mL e IS entre 90 e 337. Os extratos hexânico (16HEX) e hidroetanólicos (19HET-60 e 22HET-95) mostraram efeito virucida, o qual não foi
observado para o extrato etanólico (18ET-100), sem impacto na partícula viral. Os extratos 19HET-60 e 22HET-95 exibiram forte efeito inibitório na adsorção do vírus à célula hospedeira. A etapa de penetração viral, que é dependente de enzimas celulares, foi afetada apenas pelo extrato 22HET-95. Na avaliação dos compostos isolados, uma potente e seletiva ação antiviral foi detectada para as moléculas filantostatina A e tuberculatina, as quais reduziram fortemente a carga viral por diferentes mecanismos de ação. A filantostatina A afetou a etapa de adsorção viral, e a tuberculatina teve potente ação virucida. A análise por microscopia eletrônica revelou que, além desses efeitos, ambas as lignanas podem afetar também etapas intracelulares do ciclo viral, e a pesquisa in silico de alvos moleculares revelou que as lignanas interagem com a proteína C do capsídeo viral. Em conjunto, os dados mostram que as espécies vegetais em estudo são promissoras contra o MAYV, e seus compostos são altamente relevantes para futuros ensaios in vivo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1673648 - JOSE CARLOS DE MAGALHAES
Interna - 1742677 - JAQUELINE MARIA SIQUEIRA FERREIRA
Externa à Instituição - THAIS DE FATIMA SILVA MORAES
Externo à Instituição - GERALDO CÉLIO BRANDÃO - UFOP
Externa à Instituição - ARIANE COELHO FERRAZ
Externo à Instituição - DANILO BRETAS DE OLIVEIRA - UFVJM
Notícia cadastrada em: 10/02/2025 17:57
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