Banca de DEFESA: ANNA JULIA RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANNA JULIA RIBEIRO
DATA : 18/02/2025
HORA: 13:30
LOCAL: viodeconferencia
TÍTULO:

Desenvolvimento de um ELISA nacional para o diagnóstico da doença de Chagas baseado no uso
de peptídeos triados por imunobioinformatica.


PALAVRAS-CHAVES:

ELISA, peptidios


PÁGINAS: 106
RESUMO:

A doença de Chagas, também conhecida como Tripanossomíase Americana, é considerada
uma doença tropical negligenciada parasitária, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi.
A infecção é endêmica em 21 países da América Latina, onde a sua principal via de
transmissão é através do contato com as fezes de insetos triatomíneos infectados. Atualmente,
entre 6 e 8 milhões de pessoas estão infectadas e 75 milhões possuem risco de contrair a
doença. No Brasil, a doença afeta cerca de 1,9 e 4,6 milhões de pessoas e resulta em mais de 4
mil mortes anuais. Caracterizada como uma doença subnotificada, apenas uma a cada dez
pessoas é diagnosticada, demonstrando que ainda existe um grande gargalo na detecção da
doença. Sendo assim, o desenvolvimento de novos testes de diagnóstico é uma prioridade,
uma vez que ainda não existe um padrão ouro para detectar as diferentes fases da doença,
sendo necessário pelo menos dois testes consecutivos para identificar a presença da infecção.
Diante disso, é fundamental a busca de novos alvos imunogênicos, que sejam eficazes em
diagnosticar a doença de Chagas em qualquer estágio e em diferentes contextos e populações.
A fim de superar as limitações dos testes atuais, o objetivo desse trabalho foi avaliar a
reatividade de oito peptídeos sintéticos, P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7 e P8, para elaboração de
um kit de diagnóstico, os quais foram selecionados por bioinformática em. Estudos anteriores
conduzidos pelo nosso grupo de pesquisa. Ao realizar o ensaio de ELISA para triage inicial,
foi observado que apenas o P6 reagiu com as amostras positivas de indivíduos portadores da
doença e exibiu provável diferença com as amostras negativas de indivíduos saudáveis.
Posteriormente, foi observado que o P6 foi capaz de reagir com as amostras positivas
empregando diferentes concentrações, ficando definida a concentração de 100 ng no
protocolo de padronização. Além disso, quando comparado com uma proteína recombinante
multiepitopo (GSM), o P6 obteve 95% de sensibilidade e 100% de especificidade, enquanto a
GSM demonstrou 100% de sensibilidade e 100% de especificidade. Nos ensaios para
definição do tempo de incubação, o P6 demonstrou reatividade com grande parte das amostras
positivas utilizando tanto 1 hora de incubação quanto 30 minutos. Esses resultados
demonstraram que o P6 é um potencial biomarcador que pode ser empregado no
imunodiagnóstico da doença de Chagas. Visto a importância do diagnóstico precoce para o
tratamento e rastreamento da doença, o desenvolvimento de novos testes acessíveis é crucial,
especialmente em áreas endêmicas e em regiões com recursos limitados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1367304 - ALEXSANDRO SOBREIRA GALDINO
Externa à Instituição - ANA ALICE MAIA GONCALVES
Externa à Instituição - ANA THEREZA CHAVES - UFMG
Externo à Instituição - RODOLFO CORDEIRO GIUNCHETTI - UFMG
Notícia cadastrada em: 18/02/2025 13:41
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