Formação de vórtices em grupos de cupins confinados
Formação de vórtice; cupins; matéria ativa; comportamento emergente.
O estudo do comportamento animal tem se mostrado cada vez mais relevante para a ciência, fornecendo informações valiosas sobre padrões de movimento, comportamento coletivo e interações sociais. A identificação de padrões recorrentes na natureza desperta grande interesse científico, motivando investigações sobre suas origens e implicações. Um exemplo marcante são as formações de vórtice — comportamentos rotacionais observados em diversas espécies, como peixes, tubarões, formigas e, como será apresentado neste trabalho, também em cupins. Nesta dissertação, conduzimos experimentos com cupins em arenas de diferentes geometrias, e adaptamos e aplicamos medidas capazes de identificar o comportamento de milling, tais como a variância do ângulo de giro, a média da velocidade e o momento angular. A análise desses parâmetros em espaços de fase facilitou significativamente a identificação das regiões onde ocorrem tais formações. Investigamos diferentes condições de contorno, incluindo arenas de formato circular, quadrado e triangular, a fim de avaliar se a formação e estabilidade dos vórtices são influenciadas pelo formato da arena. Por fim, propomos um modelo para o milling em cupins, no qual comparamos suas simulações e medidas com os dados experimentais, classificando sua proximidade com os experimentos.