Avaliação da influência da suplementação probiótica nos parâmetros oxidativos
e metabólicos em ratos Wistar machos induzidos a estresse leve.
probióticos, depressão, estresse oxidativo, função hepática, coração, hipocampo
Atualmente está bem estabelecido que o eixo intestino-microbiota-cérebro é uma
via de comunicação bidirecional entre a microbiota intestinal e o sistema nervoso
central, que influencia diversas funções orgânicas. A falta de diversidade na
microbiota intestinal é capaz de modular negativamente circuitos neurais e está
associada a estados como a depressão. Por esta razão tem sido proposto por
diversos autores que a suplementação com probióticos pode ser uma via
alternativa e/ou adjuvante para o tratamento da depressão, melhorando os
fatores de riscos associados tal qual o estresse oxidativo. Neste contexto, este
estudo teve como objetivo principal avaliar o efeito da ingestão de uma cepa
probiótica no comportamento dos animais, bem como nos indicadores de
estresse oxidativo nos tecidos de hipocampo, coração e fígado atrelado à
avaliação da função hepática em ratos Wistar machos submetidos a um
protocolo de estresse leve. O teste de preferência por sacarose foi utilizado para
validar o funcionamento do protocolo e em seguida os tecidos foram analisados
para peroxidação lipídica, dosagem de H2O2 e enzimas hepáticas. Nossos
resultados mostram que o tratamento com probiótico não foi tóxico para os
animais. Observamos um aumento dos níveis de peroxidação lipídica nos
tecidos avaliados de todos os animais induzidos a depressão, assim como o
aumento de H2O2, sendo o tratamento com probiótico capaz de reverter estes
efeitos, com exceção do tecido hepático na avaliação de TBARS. As enzimas
hepáticas ALT e GGT não foram alteradas pela administração do probiótico,
entretanto os níveis de AST diminuíram indicando proteção hepática. Os animais
induzidos a depressão, porém tratados com o probiótico, apresentaram uma
diminuição nos níveis de H2O2 em todos os tecidos, maior atividade de SOD no
fígado e CAT no fígado e no coração. Nossos achados indicam que a
administração do novo probiótico é segura para os animais e eficiente em
modular os marcadores de estresse oxidativo em hipocampo, coração e fígado
dos animais.