Banca de DEFESA: ISABELA BRESCIA SOARES DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA BRESCIA SOARES DE SOUZA
DATA : 28/02/2025
HORA: 15:00
LOCAL: https://conferenciaweb.rnp.br/sala/cristiane-queixa-tilelli-2
TÍTULO:
Avaliação da atividade neuroprotetora dos óleos essenciais de Lavandula augustifollia e Citrus sinensis em modelo animal de retina de pintinho

PALAVRAS-CHAVES:

palavras chave:


PÁGINAS: 1
RESUMO:
Os óleos essenciais (OE) são compostos de origem vegetal formados por uma mistura de compostos orgânicos, sendo os principais os terpenos, terpenos oxigenados, sesquiterpenos e sesquiterpenos oxigenados, que podem ter efeitos diversos sobre sistemas orgânicos. O OE de Lavandula augustifolia (LA), também conhecida como lavanda, é utilizado na medicina tradicional e popular há séculos, sendo conhecido principalmente pelo seu efeito analgésico, antiinflamatório e sedativo. O OE de Citrus sinensis (CS), ou laranja doce, é mais conhecido pelo seu uso alimentício, mas estudos mostram seu potencial antioxidante e antiinflamatorio. Esses OE foram escolhidos para avaliação quanto a sua capacidade neuroprotetora através do modelo animal de retina de pintinho. Esse modelo é um modelo estabelecido na literatura, em pesquisas farmacológicas, ema vez que a retina é um tecido que permanece vivo após a sua extração, possibilitando a realização de testes in vitro nesse tecido. Além disso, esse tecido possui origem embrionária semelhante à do encéfalo, garantindo características histológicas semelhantes a outros tecidos do sistema nervoso central. O primeiro teste realizado foi a avaliação da formação de depressões alastrantes, ou depressões de Leão, nas retinas. Esse método se baseia na avaliação da capacidade das moléculas de inibição da propagação desse fenômeno. As retinas foram tratadas com duas concentrações distintas de OE (0,004% - Concentração 1(C1) e 0,02% - Concentração 2(C2)) e submetidas a um estímulo mecânico, sendo esse processo registrado em vídeo e transformado em dados acerca do comportamento da onda. O primeiro parâmetro utilizado na avaliação desse comportamento foi a alteração do perfil ótico, dado pela razão das inclinações m2/m1 e o segundo foi a velocidade de propagação linear dessa onda. Posteriormente, as retinas foram expostas a DMSO, o agente utilizado na diluição, aos OE, a glutamato, um conhecido agente excitotóxico, e aos OEs acrescido Glutamato. Após um tempo de exposição de 15 minutos essas retinas foram processadas para avaliação histológica. Foi observado que o OE de LA foi capaz de alterar o perfil ótico dessa onda, reduzindo a razão m2/m1 de inclinação da reta em 27,56%±0,17 para C1 e 49,18%±0,13 para C2 em relação ao grupo controle (p<0,001) e que a velocidade de propagação dos grupos tratados com esse OE foi reduzida (3.5±0,44mm/min Controle, 2,37±0,31 mm/min C1, 2,39±0,20 mm/min C2 / p<0,001). Já o OE de CS foi capaz de reduzir a razão m2/m1 em 21,61%±0,11 para C1 e 42,20%±0,1 para a C2 (p<0,001) e a velocidade de propagação (3,65±0,27 mm/min Controle; 3,28±0,12 mm/min C1; 2,92±0,11 C2 mm/min /p<0,001). Já na análise histológica foi possível observar que houve a formação de bolhas citoplasmáticas indicativas de ação excitotóxica nas retinas tratadas com glutamato e também nas retinas tratadas com uma combinação de glutamato e OE. Os dados relativos àdepressão alastrante indicam a capacidade de atuação desses compostos como inibidores desse fenômeno, que é uma abertura massiva de canais de cálcio e posterior liberação de neurotransmissores e ions potássio para o meio extracelular. A capacidade desses OE de inibir esse fenômeno se encontra associada a um potencial neuroprotetor desses
compostos. Já a incapacidade de inibir totalmente a formação de bolhas citoplasmáticas após a exposição ao glutamato indica que a dosagem desses OE não foi suficiente para inibir uma ação excitotoxica, mas ainda são necessárias análises quantitativas desses resultados para melhor compreender esse fonômeno. Dessa forma os OE de LA e CS se mostram com grande potencial para o uso em desordens do sistema nervoso central devido a sua capacidade de ação na inibição da abertura de canais de cálcio, mas mais testes devem ser feitos para melhor elucidar esses efeitos. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 108.914.668-00 - CRISTIANE QUEIXA TILELLI - FAMERP
Interna - 1692875 - VALERIA ERNESTANIA CHAVES
Externa à Instituição - RENATA GRACIELE ZANON - UFU
Notícia cadastrada em: 28/01/2025 08:51
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