Banca de DEFESA: MARIANA ALVES REZENDE SALGADO
Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANA ALVES REZENDE SALGADO
DATA : 30/05/2025
HORA: 13:30
LOCAL: Sala de videoconferência - Campus Centro-Oeste
TÍTULO:
AVALIAÇÃO IN VITRO DA GENOTOXICIDADE E ANTIGENOTOXICIDADE DO FLAVONOIDE MORINA
PALAVRAS-CHAVES:
Antigenotoxicidade, desmutagênese, bio-antimutagênese, ensaio do
cometa, ensaio do micronúcleo
PÁGINAS: 123
RESUMO:
Os produtos naturais desempenham um papel importante nas civilizações humanas
desde os tempos antigos. São, muitas vezes, utilizados para prevenir e tratar doenças,
mesmo sem sua comprovada segurança de uso e efeitos colaterais. Até os dias atuais,
compostos naturais são fontes de moléculas promissoras fundamentais no
desenvolvimento de novos medicamentos. Dentre os produtos naturais, algumas
classes, como os flavonoides, se destacam em virtude a sua ampla gama de ações
benéficas já comprovadas. A morina é um desses flavoinoides com alta atividade
farmacológica, tendo descritas potente ação antioxidante e baixa toxicidade. Assim, o
objetivo desse trabalho foi avaliar, in vitro, a mutagenicidade, genotoxicidade e
antigenotoxicidade da morina na linhagem celular não tumoral de pulmão de hamster
chinês (V79) e na linhagem celular de adenocarcinoma de cólon humano (RKO-AS45-
1). Para isso foi realizado o teste do micronúcleo com bloqueio da citocinese, com
posterior avaliação do índice de divisão celular, e o teste do cometa alcalino associado
ao teste de viabilidade celular com azul de tripan. No teste do micronúcleo, observou
se que a morina induziu mutações cromossômicas nas células expostas às maiores
concentrações (100 e 200 µM) avaliadas. A partir desses resultados, concentrações
mais baixas foram avaliadas no ensaio do cometa e a morina se mostrou genotóxica
em todas as concentrações avaliadas na linhagem V79 (6,25, 12,5, 25 e 50µM) neste
ensaio. Essas mesmas concentrações foram avaliadas na linhagem RKO-AS45-1 e,
nesta célula, a menor concentração avaliada não foi genotóxica sendo os maiores
índices de indução de danos primários observados nas concentrações de 25 e 50 µM
(p < 0,01). Na avaliação de antigenotoxicidade, houve um efeito redutor de danos no
DNA significativo nas duas linhagens nos protocolos de tratamento simultâneo com
metilmetanossulfonato (MMS). Na linhagem V79 foram realizados ainda os protocolos
de pós e pré-tratamento com o MMS, sendo possível observar o mesmo perfil de
diminuição de danos. A morina se mostrou um composto promissor e com grande
potencial. Apesar de ter apresentado perfil mutagênico e genotóxico, houve uma
proteção importante, inclusive na menor concentração avaliada, que não foi
genotóxica em nenhuma outra concentração.
MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - AMANDA LUISA DA FONSECA - UNA
Presidente - 1680474 - FABIO VIEIRA DOS SANTOS
Interna - 1080217 - FARAH MARIA DRUMOND CHEQUER BALDONI
Externa à Instituição - FERNANDA DE OLIVEIRA BUSTAMANTE - UEMG
Externo ao Programa - 2875448 - RALPH GRUPPI THOME