SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO DE CENTROS CULTURAIS: O CASO DO INSTITUTO RUTH GUIMARÃES.
Arquitetura Sustentável. Bioconstrução. Materiais Ecológicos. Decolonialidade. Interdisciplinaridade.
Nas últimas décadas, a sociedade tem demonstrado preocupação com as implicações decorrentes das ações predatórias do ser humano e seus impactos no presente e no futuro da humanidade. A emergência climática já não pode ser compreendida como um problema distante ou de lenta progressão: ela representa uma ameaça concreta à sobrevivência da humanidade e à manutenção da vida no planeta. No âmbito do ambiente construído, a sustentabilidade entre arquitetos só se tornou uma preocupação após a difusão do Estilo Internacional, definido por edifícios “caixa de vidro” que possuem alto consumo de energia. A bioconstrução vem ganhando espaço na arquitetura contemporânea como uma alternativa viável e desejável para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, escassez de recursos e desigualdades sociais. Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver estratégias projetuais para um projeto arquitetônico de um pavilhão do Centro Cultural do Instituto Ruth Guimarães, em Cachoeira Paulista/SP, com base em concepções interdisciplinares e no emprego da bioconstrução, com ênfase na aplicação de materiais e técnicas alternativas consideradas sustentáveis e que promovam a harmonia entre o ambiente natural e o construído. A metodologia empregada é de natureza aplicada por meio de método descritivo, no campo das Ciências Sociais Aplicadas, baseado em estudo de caso e pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. Devido à urgência de se pensar alternativas para os desafios da atualidade, crê‑se que a solução está na combinação entre saberes ancestrais, tecnologias contemporâneas e a participação ativa da comunidade local. Por essa razão, ao conceber e implantar um edifício‑centro cultural pautado em princípios interdisciplinares e de bioconstrução, busca‑se não só promover a diversidade e a sustentabilidade urbana, mas também atender às expectativas, ao bem‑estar e à identidade sociocultural dos usuários.