Banca de DEFESA: ISABELA FREITAS CIONI

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ISABELA FREITAS CIONI
DATA : 09/12/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Online
TÍTULO:
Processos Experimentais de Cartografias Poético-Políticas: 
Leituras da paisagem, do território e da mineração em Congonhas/MG

PALAVRAS-CHAVES:

Processos cartográficos experimentais; territórios minerados; injustiça ambiental; neoextrativismo; Congonhas/MG.

 


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Em Congonhas/MG, os impactos socioambientais decorrentes das práticas extrativas de empresas mineradoras expressam os desequilíbrios entre mineração, natureza e sociedade, a tríade que ancora esta pesquisa. As disputas e os conflitos territoriais, historicamente e na contemporaneidade, em um processo que compreendemos como colonialidade persistente, resultam em violações de direitos humanos e da natureza. Neste contexto, o tema de estudo são Processos Experimentais de Cartografias Poético-Políticas: Leituras da paisagem, do território e da mineração em Congonhas/MG. O objetivo da pesquisa é apresentar e representar por meio dos processos cartográficos experimentais, algumas camadas territoriais, relacionais e temporais em suas complexidades, como elas se apresentam em Congonhas: tensões micro-macropolíticas, disputas, conflitos e violações dos direitos humanos e da natureza. O objeto de pesquisa são os impactos socioambientais ocasionados pela mineração e, levando em consideração a configuração e as dinâmicas socioespaciais influenciadas pela atividade, como incidem sobre o território, nas localidades e populações, ao longo do eixo da BR-040 dentro dos limites municipais. A partir dos conceitos de territórios minerados, neoextrativismo, injustiça ambiental e necropolítica são discutidos os fenômenos e as variáveis sociopolíticas-ambientais e dos sistemas de opressão, históricos e contemporâneos, relacionados à mineração. No trânsito interdisciplinar entre artes, urbanidades e sustentabilidade, a cartografia poético-política é proposta enquanto método experimental e processual para explorar as possibilidades em experimentações diagramáticas e cartográficas em contextos minerados, para dar visibilidade às complexidades envolvidas entre mineração-território-natureza-atingidos. Perpassa a cartografia de complexidade de Cristina Ribas (2016) e a cartografia sensível, propondo uma prática poética, alinhada a ética, estética e política, na leitura do território no eixo da BR-040, em especial o bairro Pires, considerando os vetores de expansão das mineradoras em Congonhas e o registro das movimentações e ações de resistência local. Por meio da participação em ações organizadas por diferentes instâncias institucionais e populares, as técnicas de coleta de dados incluem observação participante, análise documental, sistematização e diagramação de dados. As experimentações cartográficas expressam uma outra leitura e modo de apresentar e representar um território que tem sido consumido pelo discurso de vocação natural (e única) à mineração enquanto as práticas das empresas mineradoras violam direitos humanos e da natureza, adoecendo corpos e territórios. A pesquisa contribui para a compreensão dos acontecimentos, do que existe e do que resiste em Congonhas, propondo por meio de uma pesquisa-manifesto, uma contranarrativa territorial que se contrapõe à soberania política e econômica da atividade mineradora em territórios minerados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1802900 - ADRIANA GOMES DO NASCIMENTO
Interna - 1715892 - FILOMENA MARIA AVELINA BOMFIM
Externa à Instituição - SIMONE CORTEZAO FREIRE - IFMG
Notícia cadastrada em: 21/11/2024 15:56
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