Banca de DEFESA: JULIANA MARA PEREIRA DA CUNHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA MARA PEREIRA DA CUNHA
DATA : 29/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: meet.google.com/hab-fgph-kjx
TÍTULO:

EVASÃO ACADÊMICA DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS: UMA ANÁLISE COM DADOS EM PAINEL DAS VARIÁVEIS
DETERMINANTES NOS PERÍODOS PRÉ, DURANTE E PÓSPANDEMIA DE COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

Evasão Acadêmica, Censo da Educação Superior, Pandemia de COVID-19.


PÁGINAS: 144
RESUMO:

A evasão acadêmica é um problema que atinge universidades do Brasil e do mundo todo. Estudos apontam que esse fenômeno é complexo e pode ser decorrente de fatores sociais, pessoais, políticos, econômicos e acadêmicos. No Brasil, apesar da expansão do acesso ao ensino superior, impulsionada por políticas públicas do governo nos últimos anos, verifica-se que pouca atenção é dada a políticas de permanência, o que resulta em índices elevados de deserção universitária. O objetivo deste trabalho é realizar um estudo sobre evasão nos cursos de graduação das universidades públicas federais brasileiras no período de 2018 a 2023 e, analisar separadamente os períodos anterior à pandemia de COVID-19, de 2018 a 2019; durante a pandemia, de 2020 a 2021 e; posterior à pandemia, de 2022 a 2023, para verificar possíveis interferências que a emergência de saúde pública vivenciada no país provocou no ensino superior. Para avaliar as principais variáveis relacionadas à evasão e a influência da pandemia de COVID-19 nesses índices acadêmicos, a metodologia utilizada foi a análise de dados em painel, tendo em vista identificar relações entre grupos específicos de discentes, a crise sanitária e a evasão. Foram utilizados os microdados sobre a educação superior disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Os resultados indicam que discentes do sexo feminino e de faixa etária abaixo dos 34 anos têm menor propensão à evasão. Com exceção dos alunos com menos de 18 anos que apontam para grandes chances de evasão. As análises indicam também que a pandemia está associada a uma tendência de aumento na evasão nos grupos mais velhos, acima dos 50 anos, nos discentes matriculados em cursos noturnos e matriculados por meio de reserva de vagas por renda familiar. Em contrapartida, alunos matriculados por meio de políticas de ações afirmativas em outras categorias como escola pública e deficiência apresentaram associação com a redução da evasão acadêmica, com diminuição ainda maior no período de 2020 a 2021. Discentes matriculados por reserva de vagas por etnia apresentaram comportamento oscilante ao longo do período analisado. O estudo revela ainda, que a concorrência nos cursos de graduação influência inversamente a evasão, ao modo que existe grande diferença entre cursos de diferentes áreas, com tendência à menor evasão nos cursos da área de Saúde e bem-estar e maiores tendências nos cursos da área de Ciências naturais, matemática e estatística, principalmente no período pandêmico. Além disso, a pesquisa mostrou que os cursos presentes nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentaram maiores efeitos na evasão acadêmica em comparação com a região Sudeste, principalmente durante a pandemia, o que corrobora desigualdades estruturais no sistema educacional brasileiro. A região Sul, por sua vez, revela maiores problemas no período de 2022 a 2023, indicando possivelmente reflexos de efeitos pós-pandemia, como impactos psicológicos e aumento das desigualdades sociais, que podem dificultar a integração dos estudantes ao ambiente universitário. De modo geral, os resultados apontam que a evasão acadêmica sofreu maiores impactos durante e após o período de pandemia.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2702404 - SAULO CARDOSO MAIA
Externo ao Programa - 2312150 - DOUGLAS MARCOS FERREIRA
Externo à Instituição - CLEDINALDO APARECIDO DIAS - UFMG
Notícia cadastrada em: 27/08/2025 11:47
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