EFEITOS NEUROPROTETORES DO EXERCÍCIO FÍSICO RESISTIDO
PROGRESSIVO ASSOCIADO A MELATONINA NO CÉREBRO DE RATOS COM
DOENÇA DE PARKINSON
Parkinson. Desempenho Motor. Exercício Resistido. Melatonina. Cérebro.
A Doença de Parkinson (DP) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo caracterizado pela
deterioração dos neurônios dopaminérgicos na substância negra compacta, levando à diminui-
ção da neurotransmissão dopaminérgica nigroestriatal. Esta condição é incurável e requer ma-
nejo ao longo da vida. Estudos recentes têm explorado a eficácia do exercício físico de resis-
tência como uma intervenção não farmacológica para a DP, juntamente com evidências emer-
gentes sugerindo que a melatonina, comumente usada para distúrbios do sono, pode ter um
potencial terapêutico significativo para doenças neurodegenerativas. Este estudo teve como ob-
jetivo avaliar os efeitos combinados do exercício físico resistido progressivo de alta intensidade
e da melatonina na neuroproteção e no desempenho motor em um modelo de ratos com DP.
Foram utilizados 80 ratos Wistar, divididos em grupos com e sem indução de DP via 6-OHDA,
e subdivididos em grupos com e sem exercício e com e sem melatonina. O exercício foi reali-
zado em uma escada vertical por 30-45 minutos, cinco dias por semana, durante quatro sema-
nas. A melatonina foi administrada intraperitonealmente a 20 mg/kg, cinco vezes por semana
durante cinco semanas antes da indução da DP. O desempenho motor foi avaliado usando testes
de passo em falso, barras paralelas e campo aberto, enquanto o tecido cerebral foi analisado
quanto à densidade neuronal e ativação astrocitária utilizando coloração de Nissl e imunohisto-
química para GFAP. A análise histomorfométrica revelou que os animais dos grupos tratados
com exercício e melatonina apresentaram desempenho motor superior e maior sobrevivência
neuronal no estriado e na substância negra em comparação aos grupos sedentários. Foi obser-
vada também uma maior expressão de GFAP, indicando redução na ativação astrocitária em
animais tratados. Os resultados sugerem que a combinação de melatonina com exercício físico
resistido de alta intensidade oferece uma estratégia neuroprotetora para a DP, melhorando a
coordenação motora e preservando a integridade neuronal em um modelo de ratos. Esta abor-
dagem representa uma terapia adjuvante promissora para o manejo de doenças neurodegenera-
tivas.