Banca de DEFESA: Luiz Fernando dos Anjos Pereira

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Luiz Fernando dos Anjos Pereira
DATA : 05/12/2025
HORA: 08:30
LOCAL: On-line
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO REPARO DO TECIDO MUSCULAR ESTRIADO ESQUELÉTICO EM
MODELO DE LESÃO INCISIONAL APÓS APLICAÇÃO PARENTERAL DA PROTEÍNA
ZEÍNA EM CAMUNDONGOS SWISS MACHOS PREVIAMENTE TOLERIZADOS


PALAVRAS-CHAVES:

Tolerância oral, Zeína, Reparo muscular, Tecido muscular estriado
esquelético


PÁGINAS: 91
RESUMO:

O reparo do tecido muscular estriado esquelético (TMEE) é um processo complexo,
frequentemente incompleto em lesões graves, o que pode culminar em fibrose e perda
funcional permanente. A Tolerância Oral (TO) é uma estratégia imunomoduladora
promissora, definida como a supressão específica de respostas imunes sistêmicas após a
ingestão prévia de um antígeno. Este fenômeno, mediado pela indução de células T
reguladoras (Tregs) que migram para tecidos periféricos, demonstrou efeitos benéficos no
reparo de diversos tecidos, como pele, coração e osso. Contudo, a aplicação da TO no
contexto do reparo do TMEE representa uma lacuna importante na literatura científica. O
objetivo geral deste trabalho foi estudar os efeitos no processo de reparo muscular após
imunização intraperitoneal com a proteína Zeína, previamente ingerida (indução de TO), em
um modelo de lesão incisional no músculo Tibial Anterior (MTA) de camundongos Swiss
machos. Animais machos foram tolerizados oralmente por meio de ração padrão contendo
Zeína (milho) e submetidos a uma lesão incisional no MTA. Imediatamente antes da cirurgia,
os grupos experimentais receberam injeção intraperitoneal de Salina/Controle, Hidróxido de
Alumínio (adjuvante) ou Zeína (Zeína + Hidróxido de Alumínio). As análises
histomorfológicas, histomorfométricas e qRT-PCR foram realizadas em diferentes estágios
de reparo (1, 3, 7 e 21 dias pós-lesão - dpi). Resultados Principais: Nas fases iniciais (1-3
dpi), o grupo Zeína apresentou áreas totais de lesão significativamente menores em cortes
longitudinais, sugerindo uma reorganização e compactação tecidual mais precoces. O grupo
Zeína demonstrou um perfil inflamatório modulado, com menor intensidade inicial e
resolução mais organizada ao longo do tempo, conforme evidenciado pela análise de
mastócitos. Aos 7 dpi, o grupo Zeína manteve o diâmetro das fibras musculares uniforme e
semelhante ao tecido não lesionado, enquanto os grupos Salina e Hidróxido de Alumínio
apresentaram alterações indicativas de atrofia/degeneração parcial. Além disso, o grupo
Zeína promoveu o maior aumento percentual (132,2%) no número total de núcleos na região
perilesional entre 7 e 21 dpi, indicando uma miogênese mais intensa. Aos 21 dpi, o grupo
Zeína exibiu melhor preservação do padrão fascicular e alinhamento das fibras , com
resolução do espaçamento interfibrilar (edema) similar ao tecido íntegro. Conclusão: A
indução da tolerância oral seguida pela aplicação parenteral da proteína Zeína promoveu
uma melhoria significativa na no reparo muscular esquelético, acelerando a fase de
resolução inflamatória, otimizando a miogênese e resultando em melhor preservação
histoarquitetônica do tecido muscular em reparo. Estes achados posicionam a tolerância oral
como uma estratégia imunomoduladora promissora para futuras terapias de reparo muscular


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 592.621.506-44 - CLAUDIA ROCHA CARVALHO - UFMG
Externa à Instituição - ERIKA CRISTINA JORGE - UFMG
Presidente - 2279745 - ERIKA LORENA FONSECA COSTA DE ALVARENGA
Interna - 2104326 - RAQUEL ALVES COSTA
Notícia cadastrada em: 04/11/2025 13:40
SIGAA | NTInf - Núcleo de Tecnologia da Informação - +55(32)3379-5824 | Copyright © 2006-2025 - UFSJ - sigaa01.ufsj.edu.br.sigaa01