Desenvolvimento de Polímeros Molecularmente Impressos core-shell para a determinação de fármacos anti-hipertensivos em fluidos biológicos
Polímeros Molecularmente Impressos, antihipertensivos, preparo de amostras, eletroforese capilar, cromatografia líquida de alta eficiência
A busca por novos materiais adsorventes, que possuam maior estabilidade química, física e térmica, além de maior capacidade de adsorção, vem crescendo no meio científico. A síntese de materiais core-shell vem sendo amplamente explorada e tem demonstrado ser vantajosa em diversas áreas, incluído aplicações como material adsorvente. Neste trabalho foram desenvolvidos materiais core-shell empregando diferentes núcleos (óxido de ferro, sílica e estrutura metal-orgânica) e usando os polímeros molecularmente impressos – MIPs – como revestimento. Os MIPs sintetizados possuem os mesmos reagentes: ácido tereftálico como monômero funcional, etilenoglicol dimetacrilato como agente de ligação cruzada, cloreto de benzalcônio como surfactante, 4,4’-azo-bis-(4-ciano pentaenóico) como iniciador radicalar e, por fim, acetonitrila e dimetilsulfóxido como solventes. Entretanto a molécula molde foi variada, empregando sempre fármacos anti-hipertensivos (atenolol, carvedilol e anlodipino), que tem amplo uso na sociedade. Por meio das caracterizações foi possível observar que os materiais sintetizados (MMIP, core@mMIP e MOF@mMIP) atingiram o objetivo de possuir estrutura core-shell, além de demonstrarem estabilidade térmica e superfície com partículas heterogêneas propicias para processos de adsorção. Todos os materiais foram empregados como adsorventes em técnicas de preparo de amostra, sendo que essas técnicas (extração em fase sólida magnética, microextração com sorvente empacotado e extração em fase sólida dispersiva) possuem as vantagens de empregar menor volume de amostra e solvente e menor massa de adsorvente, logo produzem poucos resíduos. Os materiais demonstraram serem bons adsorventes, com valores de recuperação quando empregados no preparo de amostra maiores que 70%. Os métodos desenvolvidos com esses materiais e as técnicas de preparo de amostra seguidos das análises nos equipamentos analíticos se mostram eficazes para a extração dos fármacos anti-hipertensivos dos fluidos biológicos.