Poéticas e construções no canteiro de obras de Armando Freitas Filho
Armando Freitas Filho; escritas de si; memória; poeta crítico; poesia brasileira contemporânea.
Esta dissertação pretende analisar, a partir de composições dos mais recentes livros de poemas de Armando Freitas Filho (1940 -), algumas importantes temáticas presentes em suas obras e problematizar como elas contribuem para o entendimento do fazer poético o qual o autor denomina de “o canteiro de obras”. Pensando na relação entre poesia e modernidade (PEDROSA, 2015) e a contemporaneidade (AGAMBEN, 2009), memória e escrita (LEJEUNE, 2008; SOUZA, 2011), o vivido e o poetizado, destaca-se a memória enquanto vivências reimaginadas e também a memória de tradições da poesia moderna (PAZ, 1974) o que pode ser constatado pelos diálogos estabelecidos com outros escritores e poetas, permitindo-nos identificar Armando Freitas Filho também como poeta-crítico. Para tais análises e discussões serão utilizadas as obras Raro mar (2006), Lar, (2009), Dever (2013), Rol (2016) e Arremate (2020), todos editados e publicados pela Companhia das Letras, dando destaque ao livro Lar, que carrega em si a responsabilidade de ser uma obra que evoca a memória e trazer em suas seções a síntese da formação de Armando.