A INTERSECCIONALIDADE EM UM DEFEITO DE COR, DE ANA MARIA GONÇALVES:
Uma exposição das opressões, violências, discriminações e desigualdades em recortes da obra e na mídia na contemporaneidade.
Escravidão. Violência. Interseccionalidade.
A obra Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves, é um romance que conta parte da história escravocrata do Brasil através das vivências de diversos personagens, a história é narrada por uma personagem preta e africana. O romance ficcional preenchido pela história, narra a vida desta mulher negra traficada de África ainda criança e todas as dificuldades, violências e opressões sofridas desde a travessia do atlântico e suas experiências com a chegada no Brasil, já adulta na busca do filho vendido por seu marido branco, prática muito comum no período escravocrata, até a sua volta à África.
O objetivo desta dissertação é evidenciar a interseccionalidade e como ela expõe as inúmeras violências, objetificações, discriminações sofridas pelos corpos negros presentes no romance Um Defeito De Cor. Para isso, é preciso, primeiramente, entender as lacunas que preenchem a obra, especificar o que seria “defeito de cor”, a identidade do negro, além de apresentar a interseccionalidade em recortes do romance e em exemplos na mídia contemporânea.