A DIFERENÇA (NEM TÃO) INVISÍVEL: IDENTIDADE AUTISTA PENSADA DE DENTRO DO ESPECTRO
Palavras-chave: autismo, identidade autista, graphic novel, quadrinhos, diferença
Nos dias de hoje, é cada vez mais comum ouvir que "ser diferente é normal", mas nem sempre
foi assim. Crescer ouvindo que determinado tipo de comportamento é errado, mesmo quando
parece fazer sentido; se sentir sobrecarregada em um lugar que deveria ser feito para se
descontrair; perceber que, talvez, o que muitos consideram “normal” não se aplica às mesmas
situações com você… foi assim que Marguerite, personagem principal da graphic novel A
Diferença Invisível de Julie Dachez e ilustrado por Mademoiselle Caroline, se descobriu
autista. E sua publicação possibilitou a abertura de uma nova camada de entendimento e
discussão sobre o tema. A presente pesquisa tem como foco a compreensão da construção da
identidade do indivíduo autista por meio da escrita autobiográfica, mostrando a importância
da representatividade autista nas mídias. Além disso, um estudo acerca da história do
Transtorno do Espectro Autista foi conduzido, com o intuito de contextualizar como a
percepção do espectro foi se modificando ao longo do tempo e com o aumento de publicações
de indivíduos autistas divulgando suas experiências e vivências. O uso de imagens por meio
da graphic novel também foi um ponto de discussão da validade do recurso na disseminação
da informação sobre o autismo para diferentes tipos de espectadores. O trabalho foi
organizado em três capítulos, cobrindo o histórico do autismo, a identidade e a autobiografia,
e a análise da obra A Diferença Invisível. Com isso, é esperado que o leitor não só conheça
mais sobre o tema, mas também se sinta abraçado por ele.