Banca de DEFESA: BÁRBARA RODRIGUES NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BÁRBARA RODRIGUES NASCIMENTO
DATA : 21/09/2021
HORA: 09:00
LOCAL: videoconferencia meet.google
TÍTULO:

AVALIAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DA VITRIFICAÇÃO COM POSTERIOR TRANSPLANTE AUTÓLOGO ECTÓPICO NA MORFOFISIOLOGIA OVARIANA MURINA


PALAVRAS-CHAVES:

Preservação da fertilidade; ovário; vitrificação; autotransplante; foliculogênese; ciclo estral


PÁGINAS: 123
RESUMO:

A vitrificação do tecido ovariano seguida de transplante é uma alternativa promissora para a
conservsação de material genético de espécies ameaçadas de extinção, silvestres, domésticos
ou de alto valor zootécnico; bem como uma alternativa de conservação antes do tratamento
oncológico, permitindo o armazenamento de um grande número de folículos e preservando a
fertilidade. O principal desafio para a longevidade do enxerto ovariano é a perda substancial de
folículos durante o período isquêmico pós-transplante. Portanto, o objetivo do nosso trabalho
foi investigar temporalmente os efeitos da vitrificação
e autotransplante ectópico na
morfofisiologia ovariana murina. Camundongos fêmeas da linhagem C57B1/6J adultas com 6
semanas de idade na fase do ciclo de proestro, foram divididos aleatoriamente em tratamentos
controle e vitrificado (n=79) e foram avaliados ovários não transplantados (0d) ou recuperados
1, 12 ou 23 dias pós-transplante (1, 12, 23d). O transplante autólogo ectópico foi realizado para
a região subcutânea dorsal dos membros anteriores do animal. Posteriormente ao transplante,
foi realizado o acompanhamento do ciclo estral dos animais através de citologia vaginal. Ao
final de cada período de tratamento, os ovários foram coletados. Ambos os tratamentos
(controle e vitrificado) de enxertos em 1d apresentaram maior número de folículos atrésicos
(p<0,0001), mas foi observado uma taxa de atresia ainda maior no tratamento vitrificado em 1d
(p<0,01). Entretanto, esse número foi atenuado em 12 e 23d (p<0,0001). A taxa de ativação
folicular foi maior em ovários vitrificados em 1d (p<0,01) e reduziu significativamente em
ovários vitrificados em 23d (p<0,05). A duração do ciclo estral de ambos os tratamentos foi
semelhante (p>0,05) e todas as fêmeas transitaram por todos os estágios do ciclo. Foi observada
uma redução no diâmetro do oócito e do folículo primário de ovários vitrificados em 0d
(p<0,01; p<0,001). Além disso, ao final dos 23 dias todos os animais de ambos os tratamentos
tiveram sua função endócrina ovariana totalmente restabelecida e a duração do ciclo foi semelhante para todos os tratamentos (p>0,05). A perfusão sanguínea no sítio do transplante
foi semelhante para ambos os tratamentos (p>0,05). Em 1d, os genes Bax e Casp3 foram
diferencialmente expressos, ambos comparados ao controle 0d. Tais tratamentos também foram
os que apresentaram qualitativamente mais células TUNEL positivas. Para ambos os
tratamentos de 1d, os genes Acvr1, Egfr e Lhcgr foram regulados negativamente e, os genes
Fshr e Igf1r foram regulados positivamente, ambos em relação ao controle de 0d (p<0,05).
Apenas o gene Jag1 foi diferencialmente regulado entre os tratamentos de 1d em relação ao
controle 0d. Entretanto, quando comparamos ovários vitrificados em relação ao controle, ambos
de 1d, os genes Acvr1, Egfr, Fshr, Igf1r, Jag1 e Casp3 são regulados negativamente (p<0,05).
Em suma, nossos achados demonstram que o período imediatamente após o transplante é crítico
para o estabelecimento do enxerto devido a alta taxa de atresia. Entretanto, essa perda é
compensada com uma maior taxa de ativação de folículos e com a diminuição da taxa de atresia após o estabelecimento do enxerto no sítio do transplante. Além disso, todos os animais
retornaram sua ciclicidade, o que demonstra que a vitrificação não afeta a função endócrina
ovariana. Apesar de algumas modificações na expressão de genes relacionados à sobrevivência
folicular nos primeiros dias pós-transplante, os enxertos ovarianos foram capazes de suportar a
foliculogênese. Assim, a vitrificação com posterior transplante autólogo ectópico parece ser
uma técnica promissora para a preservação da fertilidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1715414 - ANA PAULA MADUREIRA
Externa à Instituição - FERNANDA RADICCHI CAMPOS LOBATO DE ALMEIDA
Externo à Instituição - JOAO HENRIQUE MOREIRA VIANA
Interno - 036.176.496-02 - LUIZ GUSTAVO RIBEIRO PEREIRA - UFMG
Presidente - 2141553 - PAULO HENRIQUE DE ALMEIDA CAMPOS JUNIOR
Notícia cadastrada em: 08/09/2021 15:38
SIGAA | NTInf - Núcleo de Tecnologia da Informação - | Copyright © 2006-2024 - UFSJ - sigaa05.ufsj.edu.br.sigaa05