PPGeog PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Teléfono/Ramal: No informado

Banca de DEFESA: SHAYENE BERNARDO DUTRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SHAYENE BERNARDO DUTRA
DATA : 18/02/2021
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/ctb-igcu-jnn
TÍTULO:

A RELAÇÃO DAS QUEIMADAS COM A SUPRESSÃO DOS REMANESCENTES FLORESTAIS NO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS NO BIOMA CERRADO - BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Áreas Queimadas; Unidades de Conservação; Uso e Cobertura da Terra.


PÁGINAS: 180
RESUMO:

Em regiões tropicais, a queima de biomassa é um dos principais impactos da mudança e intensificação do uso da terra em toda a paisagem. No Brasil, essa prática tem aumentado significativamente, causando inúmeros impactos ao meio ambiente e sociedade, que vão desde a deterioração da qualidade do ar local até a mudança climática global. Devido à procura por áreas agricultáveis e áreas de pastagens, destaca-se o bioma Cerrado, onde a incidência de queimadas anuais é alta e frequente em decorrência da sua supressão pela expansão da agricultura em áreas com vegetação natural e incêndios associados a fenômenos naturais bem como ao desmatamento e atividades agropecuárias. A prática do fogo representa um obstáculo na preservação deste bioma, sobretudo nas Unidades de Conservação, principalmente por impedir a recuperação da vegetação e aumentar emissões de gases do efeito estufa para a atmosfera. Assim, o objetivo da presente pesquisa consiste em analisar e realizar uma estimativa da dinâmica espaço-temporal da incidência de incêndios no Parque Nacional das Sempre-Vivas - PNSV (MG) e suas áreas adjacentes, inserido no domínio do Cerrado. Para entender a dinâmica do fogo que ocorre em áreas protegidas, utilizaram-se sensores remotos como ferramenta para obtenção do mapeamento das cicatrizes das áreas queimadas. Foi feito o download de todas as imagens disponíveis com boa qualidade entre os meses de junho a outubro, no período temporal de 1985 a 2019, dos sensores Thematic Mapper (TM) e Operational Land Imager (OLI) a bordo do satélite Landsat 5 e 8, respectivamente, e para o ano de 2002 e 2012 foi utilizado o sensor Linear Imaging Self Scanner III (LISS-III) a bordo do satélite Resourcesat-1. As imagens foram segmentadas com o intuito de gerar polígonos espectralmente homogêneos, permitindo a classificação das áreas queimadas e posteriormente é realizada a edição manual para aprimorar a classificação. O resultado da ocorrência das queimadas no PNSV para o Buffer de 10 km mostra que ocorreu um aumento de 14% no período de 34 anos (1985-2019) e de 48% nesses 17 anos de instituição desta unidade (2002-2019). Desde a sua criação em 2002, os anos que apresentaram mais queimadas foram 2004 (2,53%), 2007 (2,23%), 2011 (2,47%), 2015 (2,40%) e 2019 (4,94%), e nota-se um padrão espacial e temporal das cicatrizes de queimadas em seu interior e entorno, composto pela Zona de Amortecimento. Além disso, foi realizada a validação das áreas queimadas utilizando o trabalho de campo, onde foi possível verificar a acurácia temática e a confiabilidade do mapeamento, a análise da precipitação anual e mensal a partir dos valores extraídos do CHIRPS no período analisado, que evidenciou que não é apenas a precipitação que deve ser considerada o único fator de influência para a ocorrência dos incêndios na região por ela somente ajudar na ocorrência e proliferação da queimada e, por último, a análise da modificação no uso e cobertura da Terra a partir de dados do projeto MapBiomas com as áreas queimadas mapeadas, que evidenciou que a principal mudança ocorrida na região do parque que converte sua vegetação natural são os tipos: Formação Savânica.(2.369,41 km²), Formação Campestre (1.108,87 km²), Pastagem (502,63 km²) e Formação Florestal (198,35 km²). Com base nisso, este estudo pode auxiliar na elaboração de um plano de ações que visem à inserção da comunidade local no planejamento e gestão do parque, à recuperação de áreas queimadas e o controle dos incêndios nestas áreas, sendo de grande importância ao auxiliar na fiscalização, fornecendo dados de monitoramento e pressionando as entidades responsáveis pela preservação das áreas protegidas dos ecossistemas ricos em biodiversidade do bioma Cerrado.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 007.170.909-65 - FRANCIELLE DA SILVA CARDOZO - UFSJ
Interno - 1375368 - LEONARDO CRISTIAN ROCHA
Interno - 2001758 - GABRIEL PEREIRA
Externo à Instituição - GUILHERME AUGUSTO VEROLA MATAVELI - INPE
Externa à Instituição - SIMONE NUNES FONSECA
Notícia cadastrada em: 26/01/2021 10:08
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