Estrutura genética populacional de dourados Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816) segregados pelas barragens do rio Grande, MG.
Diversidade genética, genética de populações, conservação, hidrelétricas
O Rio Grande ao longo de seu curso possui 12 barramentos de usinas hidrelétricas e a construção dessas usinas em cascata ocasionou um grande impacto sobre o rio, resultando em poucos trechos lóticos significativos implicando em uma drástica alteração ambiental. Que influência negativamente as comunidades, interrompe as rotas migratórias e leva a uma diminuição de locais de desova, impedindo a geração de novas condições ambientais à biota aquática, o que prejudica as rotas migratórias a capacidade biogênica do sistema assim como a disponibilidade de alimento e abrigo para peixes juvenis. Além do impedimento físico que as barragens impossibilitam à deriva larval acarretam no aumento da mortalidade das larvas.
O dourado Salminus brasiliensis (Cuvier, 1816), é um peixe migratório e os cardumes realizam longas migrações ascendentes durante a piracema, outros estudos já apontaram divergências nas populações após análises genéticas. Os marcadores microssatélites constituem uma ferramenta passível de ser aplicada às questões de elucidação e inferência sobre a estrutura genética populacional de dourados e os possíveis impactos sofridos por suas populações, auxiliando nas ações de manejo visando reduzir os impactos antrópicos e medidas mitigatórias para sua conservação da espécie. Sendo assim o objetivo do trabalho é analisar a estrutura da diversidade genética de Salminus brasiliensis, no contexto do sistema da bacia do alto rio Grande, analisando a estrutura genética populacional de microssatélites em dourados, testando se há associação de estruturação genética com a potencial segregação física ocasionada por barragens de usinas hidrelétricas.