Estimativas de ocupação, detecção e densidade de onças-pardas no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais
onça-parda, uso de hábitats, Mata Atlântica
Informações sobre o uso do habitat e estimativas de densidade são de extrema importância para conservação das espécies, mas para onças-pardas que apresentam grandes áreas de vida e são e de difícil detecção tais dados são difíceis de se obter. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo estimar as probabilidades de ocupação, detecção e densidade de onças-pardas no Parque Estadual do Rio Doce, um dos últimos refúgios para espécie na Mata Atlântica. Serão utilizados registros fotográficos de onças-pardas obtidos por um desenho de levantamento aleatório realizado entre 2016 e 2017. A fim de se investigar como os efeitos de variáveis ambientais e de interferência antrópica podem afetar o uso do habitat pela espécie, serão utilizados modelos de ocupação e detecção. Para modelagem destes parâmetros será construído o histórico de detecção, formado por dados de presença e ausência da espécie e das variáveis preditoras. Em seguida, serão utilizadas as abordagens stepdown e de todas as combinações possíveis de covariáveis para ocupação e detecção, com a finalidade de verificar a influência de cada covariável e obter as estimativas de ocupação e detecção. Para estimar a abundância, três investigadores utilizarão marcas óbvias e sutis para individualizar as onças-pardas nos registros e construir históricos de detecção de cada indivíduo. Estes dados serão analisados por meio de técnicas recentes de modelagem de marcação-revisão. Em seguida, será determinado o tamanho da área pesquisada por estimativas da média de distância máxima movida (½ MMDM) e da aplicação de buffers em torno de cada ponto amostral. Por fim, a estimativa de abundância das onças-pardas será dividida pela estimativa da área total pesquisada para se obter as estimativas de densidade.