CARTOGRAFIA AFETIVA EM PRAÇA: UM OLHAR PARA PLANEJADORES-EDUCADORES (IN)VISÍVEIS
Afeto, Cotidianidade, População em situação de rua, Território, Transdisciplinar.
A pesquisa tem como finalidade cartografar os afetos evocados em encontros promovidos em um estágio docente, compreendendo os fatores que norteiam as ações dos planejadores-educadores. Ao mapear os afetos da pesquisadora que conectam o território, o qual é contemplado pelos componentes vivos, físicos e a memória histórica em praças públicas da cidade mineira de São João del-Rei, houve a participação de vários atores sociais, todos conceituados como planejadores-educadores: os discentes matriculados na disciplina e a população transeunte, tal como moradores das proximidades e população em situação de rua. Ao cartografar os afetos pretendeu-se também vislumbrar a experiência cotidiana nos micro-contextos urbanos, ao perceber os movimentos que compõem estes múltiplos corpos nos territórios, compreendendo, portanto, os olhares e sentidos dos territórios com a população envolvida. A metodologia parte da cartografia esquizoanalítica de Gilles Deleuze e Félix Guattari, onde rizomaticamente utilizou-se de registros fotográficos, diário de campo, diálogos não estruturados, composição conjunta de mapas e confecção de produtos materialmente artísticos. Estimou-se registrar a forma de viver anterior à pandemia do novo coronavírus em 2020, expondo afetos como uma forma de também expor desigualdades e a arte construída da população em situação de rua, explicitando-os como atores sociais ativos