O Oriente presente no teatro de Antunes Filho:
contribuições do misticismo oriental para a arte do intérprete no CPT
Antunes Filho. Oriente. Cultivo. Atuação. Exercícios Teatrais.
A presente pesquisa tem como principal característica investigar de que maneira os princípios e concepções do misticismo oriental – em especial o zen-budismo e o taoismo – foram tomados pelo diretor Antunes Filho na construção de seu método pedagógico e também analisar como essas referências contribuíram, de forma teórica e prática, para a formação do ator do Centro de Pesquisa Teatral (CPT) localizado na unidade do Sesc Consolação em São Paulo. Nesta discussão, detalharemos alguns exercícios antuneanos e examinaremos três peças do diretor: Peer Gynt (1971), A hora e vez de Augusto Matraga (1986) e Paraíso Zona Norte (1989). Além disso, será trazido à luz o conceito de “cultivo” formulado pelo filósofo japonês Yasuo Yuasa quando proporemos uma correlação de suas ideias a visão artística e os processos teatrais do diretor brasileiro.