Banca de QUALIFICAÇÃO: KARINE STHÉFANY SERPA AMARAL DIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KARINE STHÉFANY SERPA AMARAL DIAS
DATA : 11/07/2019
HORA: 13:30
LOCAL: UFSJ - São João del-Rei
TÍTULO:


Efeitos do uso de extrato etanólico de Ocimum basilicum no processo de cicatrização de feridas cutâneas em camundongos


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: cicatrização, feridas cutâneas, Ocimum basilicum, anti-inflamatório, tratamento.


PÁGINAS: 24
RESUMO:

A cicatrização de feridas cutâneas é um processo que envolve uma série de eventos, células e fatores, que visam o reparo do tecido que sofreu inicialmente um trauma ou lesão. Muitas pesquisas se concentram atualmente na busca por possíveis terapias e fármacos que possam contribuir no processo de reparo. As plantas medicinais são alvo de muitas pesquisas, visto sua gama de propriedades farmacológicas, incluindo estudos do uso das mesmas em feridas em modelos experimentais. O manjericão (Ocimum basilicum) é uma planta que vem sendo descrita com muitas propriedades, dentre elas anti-inflamatória e antioxidante. O objetivo do presente trabalho foi analisar os efeitos do uso intraperitoneal (i.p.) e administração tópica do extrato etanólico de Ocimum basilicum (EEOB) no processo de cicatrização de feridas cutâneas incisionais e excisionais em camundongos. Foram utilizados camundongos Swiss, divididos em grupos conforme tratamento e tipo de ferida. Nos animais que foram confeccionadas a ferida incisional, o tratamento foi realizado com EEOB intraperitoneal (i.p.) a 150 mg/Kg diariamente ou salina i.p., por 5 ou 7 dias pós-lesão, dependendo do grupo, e posterior eutanásia dos animais. Já nos animais que foram confeccionadas as feridas excisionais, o tratamento foi realizado nos grupos tratados com EEOB tópico a 38 mg/Kg na lesão esquerda e EEOB tópico a 100 mg/Kg na lesão direita, três vezes ao dia; enquanto que o grupo controle recebia salina tópica, sendo os animais posteriormente eutanasiados a 1, 3, 5 ou 21 dias após lesão e tratamento, conforme o grupo experimental. Posteriormente, as lesões passaram por processamento histológico e análise em microscópio, sendo que as lesões excisionais também eram avaliadas macroscopicamente antes da eutanásia. As análises histopatológicas nos animais com lesão incisional e tratados com injeção EEOB i.p. em relação ao grupo que recebeu salina i.p. diária, apontam para uma diminuição no número de leucócitos aos 5 dias e de mastócitos aos 7 dias pós-lesão. Em relação às feridas excisionais, as análises indicam que a 1 dia houve diminuição no número de leucócitos nos grupos tratados em relação ao grupo salina e diminuição de área do edema e tecido adiposo. Aos 3 dias, o grupo tratado com EEOB a 100 mg/Kg apresentou maior área da ferida macroscópica em relação aos demais grupos. Aos 5 dias, houve diminuição de novos vasos sanguíneos no grupo tratado com EEOB a 38 mg/Kg em relação ao salina; e o grupo EEOB a 100 mg/Kg apresentava menos tecido adiposo em relação aos outros grupos e maior área de tecido de granulação. E por fim, aos 21 dias, a reepitelização foi completa na maioria dos animais de todos os grupos, e a deposição de colágeno na região da cicatriz era melhor nos grupos tratados, com mais semelhança à pele intacta adjacente à área de lesão. Os resultados apontam para uma ação anti-inflamatória do EEOB nos grupos que receberam o mesmo, principalmente na fase mais inicial do processo. Além disso, o extrato pode ter influenciado na melhor deposição de colágeno na fase de remodelamento tecidual. 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2279745 - ERIKA LORENA FONSECA COSTA DE ALVARENGA
Notícia cadastrada em: 09/12/2020 09:37
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