MODIFICAÇÃO DAS FIBRAS DE BAGAÇO DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA
APLICAÇÃO EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS EEM ESTUDOS DE ADSORÇÃO DE FIPRON
Compósitos cimentícios, bagaço, ácido esteárico, óleo de mamona, adsorção,
fipronil.
A proposta deste trabalho foi realizar a modificação química de fibras de bagaço de cana-deaçúcar para serem aplicados na fabricação de compósitos cimentícios e posteriormente, na remoção de poluentes como o pesticida fipronil de sistemas aquosos. Para isso, foram realizadotratamentos químicos nas fibras, para se obter uma superfície hidrofóbica com ácidos graxosque trazem uma proposta mais sustentável para esta pesquisa. A modificação das fibras foavaliada pelas técnicas de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourieranálise termogravimétrica, microscopia eletrônica de varredura, espectrômetro de dispersão denergia e estudo da molhabilidade. No estudo das fibras incorporadas em compósitocimentícios foram confeccionados corpos de prova com bagaço sem tratamento e com bagaço tratado com ácido esteárico e óleo de mamona e variando o volume de fibra em 2, 5 e 10%avaliando assim o tipo de fibra e a quantidade de fibra adicionada. As propriedades dos corpode prova foram analisadas por meio da densidade aparente, absorção de água, porosidadaparente, módulo de elasticidade, resistência à compressão e módulo de tenacidade. O materiacom 2% de fibras modificadas com ácido esteárico mostrou resultados promissores. No que srefere ao estudo de adsorção de fipronil utilizando as fibras naturais e modificadas como materiais adsorventes, foram avaliados parâmetros como pH da solução aquosa, quantidade dmaterial adsorvente, tempo de contato/cinética, concentração/isoterma e temperatura. A fibrcom óleo de mamona se mostrou um bom sorvente da molécula de fipronil em meio aquosoPor mim, foi estudada a incorporação de 5% das fibras adsorvidas com fipronil em compósitocimentícios. Os corpos de prova preparados com as fibras sorvidas com o pesticida alcançaram desempenho igual ou superior ao corpo de prova com 5% de fibras sem fipronil, demostrando que essas fibras, utilizadas para a remoção do poluente, são também uma boa alternativa para fabricação de compósitos, evitando assim a necessidade de descartar o material após ele seempregado na remoção do pesticida.