GRAÇA INFINITA, SOLIDÃO E APELO AO SILÊNCIO
Solipsismo, silêncio, excesso, linguagem
Este trabalho é inspirado no modo como Wallace interpreta a obra de Wittgenstein com base na chave do solipsismo. O autor conecta explicitamente o filósofo e o projeto literário que levou a Graça Infinita.. Outra peça fundamental para a análise é o ensaio A Estética do Silêncio, de Susan Sontag, que toca problemas da mesma ordem: as frustrações da arte do século 20 com os limites da linguagem e da consciência. A possibilidade da arte como um projeto espiritual, como um modo de vida na busca pela transcendência do eu. A influência de Wittgenstein também pesa nesse ensaio, sendo o autor nomeado diretamente mais de uma vez, e sentindo-se no texto a influência do modo wittgensteiniano de ver a linguagem e seus efeitos. Além do trato direto dos limites e da autoconsciência do artista com a linguagem, o ensaio trata em menor grau da ironia, assunto que também será abordado, dada sua importância recorrente no projeto literário de Wallace