O que dizer, se não gritar? : uma análise discursiva dos gritos feministas na América Latina (2015-2020)
Palavras-chave: Fórmula Discursiva. Grito Coletivo. Multidão de Mulheres. Feminismo. América Latina.
Este trabalho objetiva analisar fórmulas discursivas (KRIEG-PLANQUE, 2010) circuladas em manifestações feministas na América Latina entre os anos 2015 e 2020, como “Ni Una A Menos”, “Ele Não”, “Nunca Más Sin Nosotras”. O primeiro capítulo visa mapear práticas fundadoras e reprodutoras da ordem patriarcal, tendo como perspectiva a relação entre discurso, processos de produção de sentido e condições de produção sociologicamente definidas (HENRY, 1993). O segundo capítulo contém uma avaliação dos movimentos feministas da região, com foco em abordar os fatores políticos e sociais que os constituem e como eles se opõem à violência patriarcal predominante nesses territórios (GAGO, 2020). O terceiro capítulo apresenta a discussão sobre a categoria fórmula discursiva e propõe sua releitura considerando os conceitos de “grito coletivo”, a partir das elaborações de Modesto (2018) e “multidão”, segundo Virno (2013). Por fim, o quarto capítulo se trata da análise dos gritos dos movimentos feministas latino-americanos. Com isso, o trabalho irá contribuir para os debates sobre grito coletivo no contexto latino-americano.