Fricções da família no cinema brasileiro: o que as imagens nos dão a ver em alianças afetivas?
Família. Educação. Cinema brasileiro. Lei 13.006/14. Lei 6583/13.
Este trabalho investiga as representações de famílias no cinema brasileiro e se justifica frente às formas
hegemônicas e compulsórias dos arranjos familiares normalizados que podem (en)quadrar, negar a
existência e reconhecimento de outros modos de famílias. Com a intenção de oferecer às escolas uma
curadoria em forma de catálogo que tensione as diversas composições de famílias existentes, a pesquisa
traz curtas-metragens brasileiros que compuseram a programação de mostras e festivais de cinema dos
últimos quatro anos, a fim de buscar respostas para as questões que geraram o projeto de pesquisa: como o
cinema pode colaborar com a educação para apresentar/representar a existência de modos outros de núcleos
familiares que ora dissidem da ideologia cristã-patriarcalista, imposta ao longo da colonização e atualizada
como um único modo de composição de família? Há representações de família(s) no cinema brasileiro que
tensionam a exposição de crianças e adolescentes às formas hegemônicas dos núcleos familiares
normalizados ou que esticam a ideia de família para além da sanguinidade? Como o cinema atual, em
consonância com as leis 13.006/14 e 6583/13, pode colaborar com a formação do pensamento crítico e
descolonizador? Este relatório traz os achados e as análises iniciais, inspiradas nos pressupostos
metodológicos da cartografia, dos saberes que foram produzidos, entre 2019-2022, no cinema brasileiro,.
Até este momento, podemos parcialmente concluir que há filmes que reconhecem e apresentam outros tipos
de famílias e que, diante da curadoria feita, as escolas podem difundir obras cinematográficas sobre a
temática para toda a comunidade escolar.