Banca de DEFESA: ERMITA DE SOUZA SANTOS RODRIGUES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ERMITA DE SOUZA SANTOS RODRIGUES
DATA : 19/03/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Online
TÍTULO:

UNIVERSIDADE PARA QUEM? A MORADIA ESTUDANTIL E SUAS CONTRADIÇÕES NA PERMANÊNCIA DOS ESTUDANTES POBRES


PALAVRAS-CHAVES:

.Assistência Estudantil. Moradia Estudantil. Paulo Freire.


PÁGINAS: 243
RESUMO:

Meu primeiro pensamento de gratidão é direcionado a Deus. Ao Criador, obrigado por sua misericórdia e seu cuidado infinitos comigo, que me permitiram vencer as dificuldades e concluir mais uma etapa. Agradeço ao Wellik, meu grande amor, por se fazer presente nas horas mais necessárias, por me encorajar e confiar no meu potencial mais do que eu mesma, obrigada por seu amor e incentivo, sem eles eu não conseguiria chegar até aqui. Em meio a tantas preocupações que me foram impostas neste tempo, você sempre foi um porto seguro. À minha família, pelo amor e apoio de sempre, e especialmente aos meus pais, Maria José e Péricles, pela formação e educação que sempre me proporcionaram. À minha irmã, Vanessa e ao meu irmão Júnior, obrigada por estarem sempre ao meu lado, acreditando em mim e dando o suporte necessário na fase mais atribulada destes dois anos... Amo muito vocês! À minha querida sogra que sempre torceu por mim e elevou à Deus inúmeras orações para que eu vencesse. Aos familiares que compreenderam minhas ausências e renúncias, obrigada! Aos queridos amigos e amigas, que com suas presenças, físicas ou não, tornaram a caminhada mais leve. À Profª Bruna, que me acolheu no programa de pós-graduação e aceitou me orientar, por sua postura sempre amorosa e pelos devaneios inspiradores que compartilhava comigo, que me faziam prosseguir desbravando o território do saber. Professora, sua amizade, sinceridade e generosidade me ensinaram dia a dia, obrigada por compartilhar sua sabedoria e conhecimento e por me fazer crescer tanto! Aos professores José Batista Neto e Maria Jaqueline de Grammont Machado de Araújo, que aceitaram participar das bancas de qualificação e defesa, e tanto contribuíram com seus olhares, questionamentos e sugestões para o meu trabalho. À Universidade Federal de São João del Rei e à Universidade Federal do Acre pelo incentivo e pela oportunidade de qualificação. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFSJ, por compartilharem suas experiências e seu conhecimento para a formação de novos mestres em educação. Aos colegas do mestrado, pela convivência agradável e troca de experiências e à Janice, Patrícia e André, colegas de orientação, pelas angústias e desabafos compartilhados ao longo desse processo. Aos colegas do Grupo de Estudos Críticos do Discurso Pedagógico (GECDiP), pelos momentos de trocas e tão fecundos diálogos. Por fim, agradeço de forma especial as discentes que aceitaram o convite para participar desse estudo, abriram as portas do seu lar e me receberam para morar em sua casa construindo comigo esta pesquisa.

A presente pesquisa busca compreender os modos de vida de estudantes que residem em uma Moradia Estudantil, bem como as implicações que a vivência nesta Moradia traz à trajetória acadêmica destes estudantes. Para tanto, utilizou-se uma metodologia de cunho qualitativo, de abordagem participativa por meio de um trabalho etnográfico experimentado dentro da Moradia Estudantil, localizada em uma universidade pública no sudeste de Minas Gerais. Fundamentada pelo referencial teórico da Pedagogia Paulo Freire a investigação apresentada propõe um olhar crítico para a realidade de sujeitos advindos de camadas populares que expiam as injustiças advindas da desigualdade social expressas em formas diversas de opressão e de desumanização. A Assistência Estudantil é aqui explorada em diversos momentos, perpassando por um resgate histórico acerca da teorização sobre a temática e da construção da Assistência ao estudante pobre no contexto brasileiro. As análises construídas são disparadas por trechos de diários de campo, entrevistas e transcrições de conversas gravadas durante a experiência de campo. O trabalho está divido em seis capítulos, sendo estes: o primeiro, em que realizamos discussões introdutórias sobre o estudante pobre e a permanência na universidade pública, contextualizando a questão racial dentro da discussão; o segundo, em que debatemos a Moradia Estudantil como um direito conquistado, e pensamos as políticas públicas de Assistência Estudantil no Brasil através de um resgate histórico e de um levantamento bibliográfico; o terceiro, no qual enfocamos na discussão sobre a realização de uma pesquisa participante em uma Moradia Estudantil e debatemos sobre negociações e condicionamentos para a realização do trabalho de campo; o quarto, em que abordamos a história da Moradia Estudantil investigada por meio da perspectiva da memória como registro histórico; o quinto, no qual apresentamos as residentes na Moradia Estudantil que participaram da pesquisa e lançamos olhares para suas histórias de vida e suas trajetórias acadêmicas e escolares. Neste capítulo, também discutimos o cotidiano acadêmico das estudantes participantes da pesquisa e a relação entre Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e estudantes; e, por fim, chegamos ao capítulo seis, onde apresentamos uma análise sobre a opressão desumanizante que pôde ser observada na experiência de campo. A pesquisa nos permitiu compreender como a desumanização está presente na vida dos discentes habitantes da Moradia Estudantil pesquisada, e opressões diversas como fome, racismo, homofobia, xenofobia, machismo, insegurança, más condições de trabalho, falta de infraestrutura e acesso a condições para o estudar foram relatadas e analisadas. Percebemos que embora a Assistência Estudantil desempenhe um papel fundamental na vida das estudantes consideradas em vulnerabilidade social, faz-se necessário a luta por um aperfeiçoamento destas políticas, que não alcançam a Assistência de maneira integral. Embora condicionadas por uma realidade de injustiças, o trabalho nos trouxe a percepção de que os estudantes habitantes da Moradia Estudantil observada acreditam na potencialidade do ato de estudar, e se empenham em suas atividades acadêmicas, pois acreditam em suas formações e possuem os seus estudos como caminho esperançoso de um futuro melhor, mais justo e menos desumanizante.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1490352 - BRUNA SOLA DA SILVA RAMOS
Externo à Instituição - JOSÉ BATISTA NETO - UFPE
Interna - 1644417 - MARIA JAQUELINE DE GRAMMONT MACHADO DE ARAUJO
Notícia cadastrada em: 18/03/2021 14:53
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