Banca de DEFESA: MICHAEL EDER DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICHAEL EDER DE OLIVEIRA
DATA : 23/08/2022
HORA: 13:30
LOCAL: Campus Centro-Oeste - Sala 304 Bloco C
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA AÇÃO ISOLADA OU SINÉRGICA, UTILIZANDO ATORVASTATINA E FLUCONAZOL IN VITRO E IN VIVO CONTRA Candida albicans RESISTENTE A AZOIS PARA TRATAMENTO DE BIOFILMES E CANDIDIASE INTRA-ABDOMINAL


PALAVRAS-CHAVES:

Candida albicans, Candidíase intra-abdominal resistência, reposicionamento de fármacos, estatina.


PÁGINAS: 155
RESUMO:

Dentre as patogenias causadas por Candida albicans, a candidíase intra-abdominal (CIA) é a manifestação mais grave deste patógeno. No entanto, o arsenal terapêutico é limitado, a resistência é crescente e o baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento de fármacos dessa categoria é baixo. Diante deste cenário, o reposicionamento de fármacos pode ser considerado como uma ferramenta importante como já pode ser observado para as estatinas, que além do conhecido papel na redução dos níveis de colesterol, já demonstraram ter ação contra Candida albicans. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação da atorvastatina de forma isolada ou combinada com fluconazol contra C. albicans ATCC10231 resistente ao fluconazol em modelos in vitro e in vivo. Resultados prévios demonstraram que a atorvastatina possui concentração fungicida mínima (CFM) de 128 µg/mL contra C. albicans porem, quando combinada com fluconazol, a CFM da atorvastatina foi 0,25/0,01 µg/mL, enquanto o fluconazol (cepa intrinsecamente resistente a este azol) foi de 0,01 µg/mL. Frente a estes valores, os demais ensaios do trabalho foram desenvolvidos. Na curva de morte, a combinação sinérgica entre a atorvastatina e o fluconazol apresentou ação com 24 horas de tratamento. Na prevenção da formação de biofilme, nenhuns dos dois tratamentos foram efetivos. Já no biofilme pré-estabelecido, a atorvastatina nas concentrações de 512 µg/mL e 256 µg/mL de forma isolada apresentou redução do biofilme de cerca de 25% e 20%, respectivamente. Já no tratamento sinérgico, nas concentrações (primeiro valor referente a atorvastatina e o segundo ao fluconazol) 32/1,28 µg/mL até 8/0,32 µg/mL foi verificado uma redução em torno de 50% no biofilme. No modelo in vivo, utilizando camundongos swiss com idade entre 6 a 8 semanas, imunossuprimidos com dexametasona e infectados com C. albicans ATCC10231 o tratamento com atorvastatina de forma isolada apresentou uma redução maior de C. albicans no fígado, enquanto o baço apresentou uma redução maior de colônias com o tratamento sinérgico. A diferença entre os dois órgãos pode estar relacionada ao tropismo da
atorvastatina pelo fígado e sua ação anti-inflamatória regulando TNF-α via NF-. Com relação à dosagem de citocinas, chama atenção do aumento de IL-17 no baço tratado de forma isolada com fluconazol, isso porque a IL-17 é produzida a resposta a presença de mananas (presentes na parede de C. albicans) este aumento pode esta relacionado a não ação do fármaco devido a resistência da cepa e com isso o aumento da resposta imune via esta citocina. A curva de sobrevivência mostrou que os animais tratados de modo sinérgico terminaram o período observacional em maior número com melhoras dos sinais clínicos. Isso demonstra que o reposicionamento de fármacos tem potencial de atuar como uma importante ferramenta na busca de novos protocolos antifúngicos, principalmente devido ao baixo investimento em P&D nesta área e surgimento de novas cepas resistentes aos tratamentos disponíveis.


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 1741307 - ADRIANA CRISTINA SOARES DE SOUZA
Externo à Instituição - ADRIANO GUIMARAES PARREIRA - UEMG
Externo à Instituição - FELIPE ROCHA DA SILVA SANTOS - UFMG
Presidente - 1742677 - JAQUELINE MARIA SIQUEIRA FERREIRA
Externa ao Programa - 1581671 - MAGNA CRISTINA DE PAIVA
Notícia cadastrada em: 25/07/2022 12:11
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