ACESSO DA PESSOA COM DOENÇA RENAL CRÔNICA NA REDE ATENÇÃO EM SAÚDE NA REGIÃO CENTRO OESTE DE MINAS GERAIS
Doença Renal Crônica. Acesso aos Serviços de Saúde. Acesso Efetivo aos Serviços de Saúde. Níveis de Atenção à Saúde
O Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) quando não controlados adequadamente são as principais patologias de base que levam a doença renal crônica (DRC) associadas a fatores de risco como o envelhecimento, obesidade, uso de substâncias nefrotóxicas e estilo de vida inadequado. Por ser uma doença de evolução longa e insidiosa é muito importante a realização do diagnóstico precoce da lesão renal e acompanhamento adequado em todos os níveis de atenção à saúde. A prática clínica demonstra, no entanto, que embora estejam definidos todos os protocolos, além de claras e objetivas as formas de diagnóstico, encaminhamento e as abordagens adequadas de acompanhamento para permitir o acesso da pessoa com DRC ou em risco de desenvolve la aos serviços de saúde, estas pessoas não são captadas precocemente pelos profissionais da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Somente comparecem para atendimento quando já estão na fase terminal da doença renal e muito pouco se pode fazer para preservação das funções renais. Além da limitada literatura para uma melhor compreensão de todo este contexto e ciente da importância do papel da RAS no processo da promoção, proteção e recuperação da saúde, principalmente para identificar precocemente a lesão renal e propor abordagens que melhorem a qualidade de vida das pessoas, surge a necessidade de compreensão de como é o acesso das pessoas com DRC na rede de atenção em saúde. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar o acesso da pessoa com doença renal crônica na rede de atenção em saúde. Trata-se de um estudo transversal desenvolvido no período de 2019 a 2022 na RAS nos serviços de saúde da macrorregião oeste de saúde de Minas Gerais. Foram incluídas pessoas adultas e idosas com DRC cadastradas no Sistema Único de Saúde (SUS) e que foram atendidas pela RAS até a indicação para a TRS. O instrumento utilizado para investigação do acesso foi elaborado a partir das Diretrizes Clínicas para o Cuidado ao paciente com DRC no Sistema Único de Saúde (SUS) e ajustado a modelos da literatura. É composto por três constructos que classificam o acesso como adequado e inadequado, são eles: 1) vínculo com unidade básica de saúde (UBS) 2) Acesso a atenção especializada; e 3) cuidado especializado. O acesso foi classificado como adequado quando a
partir da avaliação dos resultados dos três constructos a pontuação cumulativa alcançar um valor > que 6 e inadequado quando este valor for ≤ 6. Como resultados parciais para a qualificação serão apresentados um artigo de revisão sistemática sobre o tema já publicado e as análises estatísticas realizadas até o momento.