Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA CLAUDIA DE SOUZA PINTO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA CLAUDIA DE SOUZA PINTO
DATA : 15/02/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPLASMODIAL DE COMPOSTOS SINTÉTICOS E DE ORIGEM NATURAL


PALAVRAS-CHAVES:

Malária; Resistência; N-acilhidrazonas; Esponjas Marinhas


PÁGINAS: 222
RESUMO:

A malária é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários pertencentes ao gênero Plasmodium. Dentre as cinco espécies de Plasmodium responsáveis pela malária humana, o P. falciparum é a espécie mais prevalente na África, sendo responsável pelos casos mais graves da doença. A necessidade de
novos medicamentos é urgente, visto a disseminação de resistência dos parasitos aos antimaláricos disponíveis. Embora a busca por novos antimaláricos seja desafiadora, os produtos naturais e os compostos sintéticos ainda continuam sendo estratégias significativas no desenvolvimento de fármacos. As N-acilhidrazonas são derivados
hidrazônicos, definidas como estruturas privilegiadas, pois possuem atividades biológicas para diferentes alvos terapêuticos. Neste trabalho, foi realizada a avaliação da atividade antiplasmodial e citotóxica in vitro de 7 compostos sintéticos pertencentes à classe das N-acilhidrazonas (AH1 – AH7). De acordo com os parâmetros ideais para o desenvolvimento de novos antimaláricos, os compostos AH1, AH2, AH4 e AH5 foram ativos contra o Plasmodium falciparum cepa resistente à cloroquina (W2), e o IC50 determinado pelo teste tradicional variou de 0,07 a 2,15 µM. Todos os compostos apresentaram baixa citotoxicidade contra a linhagem de fibroblasto (ATCC® CCL-95.1™) (IC50 > 100 µM). Contudo, dentre os resultados in vitro, os compostos AH1, AH4 e AH5 apresentaram os melhores valores de IC50, (0,19 ± 0,10 µM); (0,09 ± 0,05 µM); (0,07 ± 0,07 µM), respectivamente, e alto índice de seletividade (IS) > 100. A fim de compreender o possível mecanismo de ação, os compostos foram submetidos a um processo de triagem virtual inversa, utilizando o Banco Brazilian
Malaria Molecular Targets (BraMMT). A partir dos valores de energia gerados pelo programa AutoDock Vina, foi possível verificar que o composto AH1 não apresentou a menor energia ligação entre os compostos testados. O composto AH5 apresentou os menores valores de energia de ligação entre os compostos testados para 23 alvos
e dentre os alvos, o composto AH5 obteve energia inferior ao ligante cristalográfico em apenas 12 deles, apresentando baixa seletividade. O composto AH4 apresentou os menores valores de energia de ligação entre os compostos testados para 4 alvos, contudo o composto exibiu menor energia de ligação -9,7 kcal/mol, comparado a -8,3 kcal/mol do ligante cristalográfico para o alvo Plasmodium falciparum purine nucleoside phosphorylase (PfPNP) (PDB: 3PHC). Os compostos AH4 e AH5 foram avaliados quanto às suas propriedades físico-químicas, ambos os compostos não violam nenhum dos parâmetros analisados, apresentando-se compatíveis com a predição de boa disponibilidade pela via oral. A segunda vertente do trabalho consistiu
na avaliação de produtos naturais. Os organismos vivos são fontes reconhecidas de moléculas potencialmente bioativas. O presente estudo avaliou a antiplasmodial e citotóxico in vitro de 26 extratos de nove esponjas marinhas coletadas em Salvador, Bahia, Brasil. Todos os extratos testados mostraram-se potencialmente ativos contra o Plasmodium falciparum cepa resistente à cloroquina (W2) com valores de IC50 variando de 0,28 a 22,34 μg/mL e não demonstraram citotoxicidade contra a linhagem de fibroblasto (ATCC® CCL-95.1™) (IC50 > 89 μg/mL). Deste modo, ambas as alternativas evidenciaram potenciais candidatos ao desenvolvimento de novos antimaláricos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BRUNO ANTÔNIO MARINHO SANCHEZ - UFMT
Externa à Instituição - KÉZIA KATIANI GORZA SCOPEL - UFJF
Presidente - 1084423 - RAFAEL GONCALVES TEIXEIRA NETO
Notícia cadastrada em: 30/01/2023 11:29
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