PREVALÊNCIA DE SINAIS, SINTOMAS E FATORES ASSOCIADOS À COVID LONGA EM MUNICÍPIOS DE MÉDIO PORTE EM MINAS GERAIS
Covid-19; Covid longa; Pandemia; Telemedicina.
Introdução: O novo coronavírus foi identificado na China no final de 2019, após um aumento de casos de infecções respiratórias. Em março de 2020, devido à rápida disseminação, a Organização Mundial de Saúde reconheceu a doença como uma pandemia e a nomeou como Coronavirus disease (covid-19). A nova doença pode ser assintomática, apresentar sintomas respiratórios e sistêmicos leves a moderados ou levar a casos graves de Síndrome Respiratória Aguda Grave. À medida que a covid-19 foi acometendo mais indivíduos, diversos pacientes relataram a presença de queixas referentes à cronicidade da doença, demostrando que os acometimentos da covid-19 extrapolavam a fase aguda e as manifestações iniciais. Objetivos: Avaliar a
prevalência da persistência de sinais, sintomas e fatores associados à covid-19 em pacientes atendidos por meio de um sistema de assistência remota. Método: Estudo de caso-controle de uma coorte de casos confirmados de covid-19, projeto intitulado Tele-COVID MG, que ofereceu assistência remota por meio da Telessaúde, durante
a fase crítica da pandemia. Entrevistas foram conduzidas por telefone utilizando protocolo padronizado. Foi definido como covid longa a persistência dos sintomas por mais de 04 semanas após o quadro agudo. Na análise descritiva das variáveis categóricas foram utilizadas as frequências absolutas e relativas, enquanto na
descrição das variáveis numéricas foi utilizada a média, desvio padrão e medidas de posição. Para os modelos univariados e multivariados, foram utilizadas a regressão logística e cálculo do odds ratio com intervalo de confiança de 95%. Resultados preliminares: Foram entrevistados 699 indivíduos e encontrada uma prevalência de 26,9% (IC 95%) de covid longa nos pacientes entrevistados. Os principais sinais e sintomas persistentes foram fadiga (49,5%), alopecia/eflúvio telógeno (49,5%) e dificuldade de concentração ou lapsos de memória (40,4%), sendo que 76,6% apresentaram mais de uma queixa.