Banca de DEFESA: ANDRÊZA AMÁLIA DE FREITAS RIBEIRO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRÊZA AMÁLIA DE FREITAS RIBEIRO
DATA : 31/08/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DE MUTAÇÕES COM PAINEL MULTIGÊNICO PERSONALIZADO EM FAMÍLIAS COM SUSPEITA DE SÍNDROME DE CÂNCER DE MAMA E OVÁRIO HEREDITÁRIO


PALAVRAS-CHAVES:
câncer de mama e ovário hereditário; HBOC; população brasileira; sequenciamento de nova geração.

PÁGINAS: 118
RESUMO:
A síndrome do câncer de mama e ovário hereditário (HBOC) é responsável por 5-10% de todos os casos de câncer de mama. Embora os genes mais comumente associados à síndrome sejam BRCA1 e BRCA2, vários outros genes têm sido descritos e, quando mutados, aumentam o risco de desenvolvimento da doença. Com o sequenciamento de nova geração (NGS) é possível analisar múltiplos genes e identificar melhor os indivíduos com risco elevado de câncer de mama e/ou ovário. Até o momento, nenhum estudo realizou sequenciamento envolvendo painel multigênico em pacientes com critérios clínicos para HBOC na população mineira. Portanto, o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão detalhada da literatura para compreender o perfil molecular relacionado à HBOC no Brasil e posteriormente rastrear e avaliar, por NGS, diversos genes de predisposição à síndrome em Minas Gerais. Para isso, foi customizado um painel para sequenciamento na plataforma Illumina MiSeq® composto de 22 genes. Cento e quatro pacientes com câncer de mama e/ou ovário atendidos no Hospital do Câncer de Divinópolis/MG preencheram os critérios clínicos da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para HBOC, dos quais 72 tiveram interesse e foram encaminhados para realização do teste genético. Dentre os 72 pacientes avaliados, 50% foram classificados como “Paciente cuja idade ao diagnóstico do câncer de mama é menor que 45 anos” ou “Paciente < 50 anos com um ou mais familiares com câncer de mama, ovário, pâncreas e/ou próstata em qualquer idade”, sendo estes os dois critérios mais frequentemente encontrados. Mutações patogênicas ou provavelmente patogênicas foram identificadas em 22,22% (16/72) dos pacientes, sendo 9,72% (7/72) com mutações nos genes BRCA1/2 e 12,50% (9/72) com mutações em genes não-BRCA (ATM, CHEK2, PALB2, MSH2, RAD51C e TP53). Ao todo 10 diferentes mutações de significado incerto (VUS) foram encontradas, das quais a maioria, 5,56% (4/72), foi identificada no gene ATM. A variante patogênica encontrada com maior frequência foi a p.R337H (c.1010G>A) no gene TP53. Considerando dados da revisão da literatura, a frequência da mutação p.R337H em pacientes HBOC do Brasil foi estimada em 1,83% (61/3.336). O gene RAD51C apresentou neste estudo alta frequência de mutações em pacientes com critérios para HBOC, 2,78% (2/72), em relação a outros estudos brasileiros. Curiosamente, o segundo gene não-BRCA mais mutado no Brasil, de acordo com os dados da revisão da literatura, foi o MUTYH. No entanto, o gene MUTYH não foi incluído no desenho do painel desse trabalho e será avaliado em estudos futuros.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CAROLINA PEREIRA DE SOUZA MELO
Externo ao Programa - 3295713 - ISRAEL JOSE PEREIRA GARCIA
Presidente - 1457505 - LUCIANA LARA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 23/08/2023 08:09
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