EFEITO DA TERAPIA ANTIOXIDANTE NA ATIVIDADE DA Na,K-ATPase E NO ESTRESSE OXIDATIVO EM MODELOS EXPERIMENTAIS in vivo DE EPILEPSIA E DOENÇA DE PARKINSON

Na,K-ATPase, estresse oxidativo, antioxidantes, epilepsia, Doença de Parkinson, metanálise

As desordens neurológicas são a segunda maior causa de mortalidade no mundo e  entre estas doenças encontram-se a epilepsia e a Doença de Parkinson (DP). A epilepsia é um distúrbio neurológico caracterizado por gerar crises epilépticas em decorrência da hiperexcitabilidade neuronal, enquanto na DP há perda de neurônios dopaminérgicos na substância negra o que acarreta uma depleção de dopamina (DA) na região do corpo estriado. A etiologia de ambas doenças é complexa, porém há indícios que podem estar associadas às falhas na atividade da Na,K-ATPase (NKA) e ao estresse oxidativo, além de mutações no gene ATP1A3 que codifica a NKA.

Conduzimos duas revisões sistemáticas com metanálises para investigar o impacto do uso da terapia antioxidante na atividade da NKA, no estresse oxidativo, nas disfunções motoras e não motoras nos modelos de DP, na latência das crises epilépticas e na mortalidade nos modelos de epilepsia/convulsão. Considerando o delineamento do estudo (PROSPERO/ CRD42022356960- epilepsia e PROSPERO/CRD42022357180-DP), foram incluídos no estudo da epilepsia, 22 artigos para a revisão sistemática e 14 para a metanálise, enquanto para o estudo de DP foram incluídos 15 artigos para a revisão sistemática e 12 para a metanálise, a partir das bases de dados MEDLINE, EMBASE, Web of Science e Scopus. Os resultados mostram que há uma disfunção neural em todos os modelos de epilepsia/convulsão e DP, com redução na atividade da NKA e nas defesas antioxidantes com potencial danos celulares, que foram acompanhadas de disfunções motoras e não motoras nos modelos de DP e aumento nas convulsões e morte nos modelos de epilepsia/convulsão. Neste contexto, a terapia antioxidante reverteu os parâmetros bioquímicos, as disfunções motoras e não motoras alteradas pela DP, além de diminuir a ocorrência de convulsões e mortalidade dos modelos de epilepsia/convulsão. Assim, nossos resultados confirmam os efeitos neuroprotetores dos antioxidantes na epilepsia/convulsão e na DP utilizados tanto profilaticamente quanto terapeuticamente.