Banca de DEFESA: FERNANDA MARCELINO DE REZENDE E SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA MARCELINO DE REZENDE E SILVA
DATA : 30/11/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
AVALIAÇÃO DE MARCADORES DE PROGRESSÃO RENAL: TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR E FERRAMENTA KIDNEY FAILURE RISK EQUATIONS (KFREs)

PALAVRAS-CHAVES:
Insuficiência Renal Crônica, Taxa de Filtração Glomerular, SUS, Ferramenta KFRE

PÁGINAS: 82
RESUMO:
Introdução: a doença renal crônica (DRC) pode ser definida como anormalidades da estrutura e/ou função dos rins presentes por três ou mais meses, com implicações para a saúde. Quando há necessidade de terapia renal substitutiva (TRS); quando a taxa de filtração glomerular (TFG) < 15 mL/min/1,73m2 mantêm-se reduzida e sustentada ou ainda quando ou há aumento de 40% do valor da creatinina sérica no intervalo de pelo menos um mês ou mais, em relação ao valor da linha de base, diz-se que houve evolução para insuficiência renal crônica (IRC). O aumento exponencial da prevalência de DRC e seus desfechos indesejáveis no Brasil e no mundo é consequência do envelhecimento populacional e concomitante ao aumento da prevalência de doenças associadas, como diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial sistêmica (HAS) e obesidade. O atraso no encaminhamento para serviços de nefrologia e o reiterado início urgente de diálise, frequentes na prática clínica brasileira, são fatores de risco independentes para morbidade e mortalidade entre pacientes com doença renal. Reconhecidamente pela literatura, por estudiosos da área e por grande parte dos profissionais assistenciais a TFG é um dos parâmetros mais utilizados para conduzir as abordagens aos pacientes com DRC não dialíticos. Porém, diante da realidade assistencial com os referidos atrasos nos encaminhamentos para serviços de nefrologia e frequentes inícios urgentes de diálise surge a indagação acerca dos benefícios de utilização prioritária deste marcador para condução da DRC não dialítica. Além disso, admite-se que a implementação dos novos preditores de risco baseados em ferramentas como a Kidney Failure Risk Equations (KFREs) e a gestão clínica multidisciplinar poderiam agregar informações importantes no acompanhamento destes pacientes e mitigar a evolução para quadros mais graves da DRC, como também melhor ajustar o foco da assistência clínica em busca de desfechos mais brandos. Métodos: este trabalho foi dividido em dois subestudos com populações semelhantes e objetivos distintos. O subestudo um se refere a uma coorte retrospectiva de cinco anos de acompanhamento desenvolvido em ambulatório de nefrologia de um hospital de grande porte de uma cidade do centro-oeste Mineiro/Brasil, no ano de 2021 cujo objetivo foi avaliar o comportamento da taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) de pacientes renais crônicos em tratamento conservador durante cinco anos de acompanhamento (artigo 1). O subestudo dois é uma coorte retrospectiva com pacientes de dois ambulatórios de nefrologia nos estágios 3 a 5 de DRC não dialítica acompanhados no período de no mínimo dois anos até pelo menos cinco anos entre o ano de 2014 e 2022 e que tinham disponíveis em prontuários os resultados da TFGe, o resultado da relação albumina/creatinina urinária ou albuminuria durante o período de acompanhamento. O objetivo desse subestudo foi avaliar a aplicação da ferramenta Kidney Failure Risk Equations (KFRE) como preditora de evolução renal em dois e cinco anos em pessoas com doença renal não dialítica nascidas e residentes no Brasil. Resultados: o subestudo 1 será apresentado no formato de artigo já aceito em revista qualis A4, Observatorio de
La Economía Latinoamericana (OLEL), intitulado: Profile of estimated glomerular filtration rate in non-dialysis patients: challenge for the preventive approach. O subestudo dois será apresentado em formato de artigo a ser submetido na revista Revista de Ciências Médicas e Biológicas da UFBA Qualis A4, intitulado “Ferramenta kidney failure risk equations preditiva para progressão de doença renal: aplicável para população brasileira?” Conclusões: subestudo um: Ao final do seguimento de cinco anos, nenhum paciente permaneceu nos estágios 1, 2 e 3 da DRC; houve uma curva ascendente de aumento do número de pessoas no estágio 4 indicando piora da função renal e o número de pacientes no estágio 5 se manteve estável. Subestudo dois: A KFRE não se confirmou como uma ferramenta preditora adequada de evolução para IRC para pessoas com DRC não
dialítica nascidas e residentes no Brasil.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - GRACE FERNANDA SEVERINO NUNES - UNESP
Presidente - 1347706 - ALBA OTONI COLLARES
Externa ao Programa - 2028750 - CAROLINE PEREIRA DOMINGUETI
Externo à Instituição - FLÁVIO MENDONÇA PINTO - FSCBH
Externa ao Programa - 1680498 - MARCIA CHRISTINA CAETANO ROMANO
Notícia cadastrada em: 08/11/2023 09:38
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