Banca de DEFESA: ALINE CARRILHO MENEZES

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE CARRILHO MENEZES
DATA : 17/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: https://meet.google.com/rxs-yuwe-igi)
TÍTULO:
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EVOLUTIVAS DE PACIENTES COM SÍNDROME GRIPAL EM ACOMPANHAMENTO PELO SERVIÇO PÚBLICO ESTRUTURADO DE TELECONSULTAS E TELEMONITORAMENTO (TELECOVID-MG) NO CONTEXTO DA PANDEMIA DE COVID-19

PALAVRAS-CHAVES:
COVID-19. Síndrome Respiratória Aguda Grave. Epidemiologia. Telemedicina. Telemonitoramento. Consulta Remota. Encaminhamento e Consulta.

PÁGINAS: 172
RESUMO:
Objetivo: descrever e analisar as principais características clínicas e fatores
associados à ocorrência de internações hospitalares e encaminhamento para
avaliação presencial de pacientes atendidos e acompanhados por um serviço público
gratuito estruturado de teleconsultas e telemonitoramento para pacientes com
síndrome gripal implementando em uma cidade de médio porte do estado de Minas
Gerais (TeleCOVID-MG). Método: estudo transversal realizado com análise de dados
secundários. A amostra foi obtida por meio de registros eletrônicos de pacientes
adultos com quadro respiratório suspeito para COVID-19, atendidos pelo TeleCOVID
MG do município de Divinópolis, Minas Gerais, entre maio de 2020 e dezembro de
2021. As variáveis explicativas foram obtidas dos prontuários eletrônicos e as
informações de registro de internação hospitalar oriundas do banco de dados do
Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), além do
autorrelato dos pacientes atendidos sobre internação hospitalar quando atendidos
pelo TeleCOVID-MG. O trabalho foi dividido em duas partes, sendo cada parte
correspondente a um artigo cientifico com objetivos e análises estatísticas distintas.
Para o artigo 1 os dois bancos de dados foram unidos por convergência pelo método
de linkage, utilizando o número do Cadastro de Pessoa Física como variável de
ligação. Para pacientes sem o número de Cadastro de Pessoa Física, foi realizada
busca manual em outros bancos (e-SUS-VE e TeleCOVID-MG), considerando o nome
completo e a data de nascimento. As variáveis explicativas analisadas foram: sexo;
idade; relato de sinais de gravidade (hipotensão arterial e dispneia); relato de sintomas
gripais agudos; relato de comorbidades preexistentes; testagem para COVID-19;
resultado do teste; encaminhamento para Unidade Básica de Saúde ou Unidade de
Pronto-atendimento; história de internação hospitalar anterior por COVID-19 e relato
de uso de tratamento farmacológico (Antibióticos ou corticosteroides). A associação
entre as variáveis explicativas e cada desfecho de interesse (internação hospitalar;
necessidade de encaminhamento Unidade Básica de Saúde, Unidade de Pronto- Atendimento e para encaminhamento presencial) foi avaliada pela estimativa de Odds
Ratio (OR), com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Inicialmente foi realizada
análise bivariada por meio de tabelas de contingência com cálculo do Qui-quadrado.
A avaliação de uma possível multicolinearidade entre as variáveis explicativas foi
realizada por meio da análise da matriz de correlação e cálculo do coeficiente de
correlação de Pearson. A análise multivariada foi realizada por meio de Regressão
Logística Múltipla. O nível de significância adotado nas análises foi de 0,05. O ajuste
do modelo final foi avaliado por meio do teste de Hosmer-Lemeshow. A análise
estatística foi realizada pelo software EpiInfoTM versão 7.2.2.6 e Statistical Analysis
System (SAS®) University Edition, versão gratuita (SAS® OnDemand for Academics).
Resultados: foram atendidos 8.325 pacientes, 63,1% do sexo feminino, 8,3% com
idade igual ou superior a 60 anos e 36,6% com alguma comorbidade de risco, sendo
que 11% apresentavam relato de sinal de gravidade,169 (2,0%) dos pacientes
necessitaram internação hospitalar e 806 (10,0%) dos pacientes foram encaminhados
para avaliação clínica presencial, sendo 3,5% para Unidade Básica de Saúde e 6,5%
para Unidade de Pronto- Atendimento. Os fatores independentemente associados à
internação hospitalar foram: ser do sexo masculino; ter idade entre 40 e 59 anos ou
superior a 60 anos; ter doenças reumatológicas ou oncológicas; relato de dispneia;
relato de sintomas agudos (febre, tosse, mialgia e coriza). Já os fatores
independentemente associados ao encaminhamento para avaliação presencial foram:
ser do sexo feminino; ter idade entre 40 a 59 anos ou superior a 60 anos; apresentar
comorbidades preexistentes de alto risco (HAS, cardiopatias ou pneumopatias
crônicas); sintomas respiratórios agudos acima de sete dias (febre, tosse, cefaleia e
anosmia); sinais de alerta ou gravidade (dispneia ou hipotensão arterial) e uso de
medicamentos (antibióticos ou corticosteroides). Conclusão: os achados desta tese
apontam estratégias para o direcionamento e elaboração de protocolos de manejo
clínico e definição de critérios elegíveis na construção de fluxogramas de
encaminhamento de pacientes atendidos pela telessaúde para avaliação presencial.
A identificação dos fatores de risco que possam estar associados às formas graves
da COVID-19 e sinais de alerta ou gravidade durante o teleatendimento é uma
estratégia essencial na prestação do cuidado ao paciente para o encaminhamento
adequado, diminuindo complicações mais severas, hospitalizações e óbito.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - RENATA ELIANE DE ÁVILA - FHEMIG
Presidente - 1676450 - GUSTAVO MACHADO ROCHA
Interna - 2059540 - ROBERTA CARVALHO DE FIGUEIREDO
Interno - 1716637 - TARCISIO LAERTE GONTIJO
Externa à Instituição - THALYTA CRISTINA MANSANO SCHLOSSER - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 29/12/2023 09:39
SIGAA | NTInf - Núcleo de Tecnologia da Informação - | Copyright © 2006-2024 - UFSJ - sigaa01.ufsj.edu.br.sigaa01