Banca de DEFESA: TALUANE VÍVIAN GOMES ALVES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TALUANE VÍVIAN GOMES ALVES
DATA : 16/02/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Índices hematológicos inflamatórios e mortalidade geral em pacientes submetidos à diálise peritoneal


PALAVRAS-CHAVES:

Biomarcadores, Diálise peritoneal, Mortalidade por todas as causas, Modelo de Cox para riscos competitivos.


PÁGINAS: 65
RESUMO:
Introdução: A diálise peritoneal (DP) é uma das opções de terapia renal substitutiva em que se utiliza o peritônio para a filtração do sangue. A peritonite é a principal causa de falha da DP e transferência para a hemodiálise (HD). Indicadores de inflamação crônica podem servir como uma ferramenta clínica para detecção de risco e guiar as tomadas de decisões no manejo da doença. No acompanhamento de rotina, os pacientes em DP precisam de medições mais baratas, mais convenientes e eficazes para a estratificação de risco e de mortalidade. Novos índices hematológicos têm se mostrado promissores na predição de mortalidade em pacientes submetidos à DP. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a associação dos índices hematológicos com a mortalidade por todas as causas e transferência para HD em pacientes submetidos à DP. Métodos: Uma coorte prospectiva foi realizada com 43 pacientes submetidos à DP acompanhados por 18 meses. Foram calculados os índices hematológicos a partir dos dados do hemograma coletados nos prontuários dos pacientes, a saber: Razão Neutrófilo-Linfócito (RN), Razão Plaqueta-Linfócito (RPL), Razão Neutrófilo-Linfócito
Derivada (dRNL), Razão Monócito-Linfócito (RML), Índice Agregado de Inflamação Sistêmica (AISI), Índice Inflamatório Sistêmico (SII) e o Índice de Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRI). Estes índices foram categorizados pela mediana. A sobrevivência dos pacientes foi estimada pelo método Kaplan Meier e as curvas de sobrevivência comparadas pelo teste Logrank. O modelo de Cox para riscos competitivos foi utilizado para avaliar a influência dos índices na sobrevida. Resultados: Nas estimativas de sobrevivência, apenas RML, AISI e SII foram estatisticamente significativos ao nível de 5% indicando maior sobrevida para AISI≤149,61 (p=0,01) e SII ≤ 722,80 (p= 0,02). Na análise de regressão de Cox, apenas AISI e SII mantiveram associação estatisticamente significativa após ajuste. Para cada aumento de 1 unidade do AISI o risco de óbito ou de transferência para HD aumentou 9,38 vezes (p=0,01). A cada aumento de 1 unidade do SII o risco de óbito ou de transferência para hemodiálise aumenta 4 vezes (p= 0,03). Em ambos os índices AISI e SII, o número de
peritonites foi estatisticamente significativo, para cada peritonite diagnosticada o risco de óbito ou transferência para hemodiálise aumentou 2,34 (p= 0,02) e 1,79 vezes (p=0,04), respectivamente. Conclusão: O presente estudo demonstrou que os valores do AISI > 149,61 e do SII > 722,80 foram independentemente associados ao risco de óbito ou de transferência para hemodiálise em pacientes com DP. Este é o primeiro estudo realizado no Brasil que investigou a associação entre os índices hematológicos e a mortalidade geral e transferência para HD, contribuindo para gerar evidências importantes em relação ao uso de ferramentas práticas e mais acessíveis para detecção de riscos na população brasileira com DRC.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA LUCAS MOTA - UFMG
Externa ao Programa - 2028750 - CAROLINE PEREIRA DOMINGUETI
Presidente - 1581667 - DANYELLE ROMANA ALVES RIOS
Externa ao Programa - 2332778 - LUCIANE TEIXEIRA PASSOS GIAROLA
Notícia cadastrada em: 02/02/2024 07:59
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