Banca de DEFESA: ALINE FERNANDES PEDROSO CAMARGOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ALINE FERNANDES PEDROSO CAMARGOS
DATA : 08/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:
Estatinas e Saúde Cardiovascular no Brasil: Explorando Eventos Adversos Musculoesqueléticos, Disparidades Raciais e Performance de Ferramentas de Estratificação de Risco

PALAVRAS-CHAVES:

Em breve


PÁGINAS: 109
RESUMO:
Nós realizamos três estudos utilizando dados do Estudo Longitudinal de Saúde do
Adulto (ELSA-Brasil), visando investigar diferentes aspectos relacionados às doenças
cardiovasculares (DCV) e ao uso de estatinas em uma amostra altamente diversificada
de servidores públicos brasileiros. O primeiro estudo analisou a associação entre
estatinas e problemas musculares o segundo estudo examinou o desempenho de escores
de risco para DCV internacionalmente reconhecidos, o terceiro estudo investigou as
disparidades raciais na utilização de estatinas e na mortalidade por DCV.
Métodos: No primeiro estudo, realizamos uma análise transversal da coorte
musculoesquelética (MSK) do ELSA-Brasil para investigar a associação entre o uso de
estatinas e dor ou fraqueza musculares. O estudo dois avaliou a discriminação e a
calibração de 5 escores de risco cardiovascular contemporâneos incluindo escore Geral
de Framingham (FGR), Pooled Cohort Equations (PCE), Escore da Organização
Mundial da Saúde (OMS), Globorisk-LAC e SCORE2. Avaliamos a discriminação
usando a área sob a curva ROC (AUC) e calibração com razões de risco previsto por
observado (P/O). No estudo três realizamos uma análise de mediação causal utilizando
ponderação de probabilidades inversas para explorar os efeitos de mediação do status
socioeconômico (SES), fatores de risco cardiovascular e subutilização de estatinas na
associação entre raça e mortalidade por DCV.
Resultados: Não foi encontrada uma associação estatisticamente significativa entre o
uso de estatinas e problemas musculares em geral, embora uma análise secundária tenha
revelado uma associação entre o uso de atorvastatina e fraqueza muscular medida pelo
teste de assentar-levantar repetido. Observamos que os escores de risco de DCV tendem
a superestimar o risco e não definem adequadamente o risco para certos grupos
demográficos no Brasil. Os resultados do terceiro estudo mostram disparidades raciais
na utilização de estatinas e na mortalidade por DCV, com os negros enfrentando maior
risco de mortalidade e menor probabilidade de receber terapia com estatina
recomendada em comparação com os brancos.
Conclusão: O primeiro estudo desafia a noção anterior de uma lacuna entre eficácia e
efetividade das estatinas, indicando que seu uso não contribui para problemas
musculares em geral. Os resultados destacam a necessidade de estratégias de
estratificação de risco e intervenções adaptadas às populações e riscos específicos da
população Brasileira, além de políticas de saúde pública que abordem as disparidades
raciais e socioeconômicas na prevenção e tratamento de DCV.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FLÁVIA BULEGON PILECCO - UFMG
Externa à Instituição - GABRIELA MIANA DE MATTOS PAIXÃO - UFMG
Externa à Instituição - ISABELLA VIANA GOMES SCHETTINI
Presidente - 2059540 - ROBERTA CARVALHO DE FIGUEIREDO
Externo à Instituição - SOTERO SERRATE MENGUE - UFRGS
Notícia cadastrada em: 27/03/2024 12:02
SIGAA | NTInf - Núcleo de Tecnologia da Informação - | Copyright © 2006-2024 - UFSJ - sigaa04.ufsj.edu.br.sigaa04