ESTUDO in vitro DA ATIVIDADE ANTILEISHMANIA DE COMPOSTOS SINTÉTICOS DERIVADOS DE CHALCONAS SOBRE Leishmania (Viannia) braziliensis
Em breve.
As leishmanioses são doenças negligenciadas com grande incidência nos países em desenvolvimento, estima-se que hoje em dia, 350 milhões de pessoas estão em risco de se infectar e desenvolver uma de suas formas clínicas, totalizando 2 milhões de novos casos anualmente. O tratamento é medicamentoso, porem conta com a escassez alarmante de medicamentos em uso clínico atual e diversos efeitos colaterais, além de relatos de resistência associados a muitos desses medicamentos utilizados como primeira escolha. Todo esse contexto leva a necessidade da busca urgente de novos fármacos sejam eles de origem natural ou sintético. O desenvolvimento de novas drogas tem sido um desafio, principalmente devido à resistência adquirida por muitos parasitos a medicamentos convencionais. Neste trabalho avaliou-se o potencial antileishmania de chalconas sintéticas, como já descrito na literatura, a presença da função α,β-insaturada, juntamente com o tipo e posição do substituinte nos anéis aromáticos, estão frequentemente relacionados a atividade biológica levando. Quando testadas frente as formas promastigotas os derivados NFC e CH4OH, apresentaram os valores de IC50 mais promissores e quando testados frente as formas amastigotas os derivados CAdiCl, CH4OH apresentaram os valores de IC50 mais promissores sendo capazes de inibir 50% do crescimento celular nas culturas de L. braziliensis. Grande parte dos fármacos aprovados para consumo é de origem natural, principalmente nas áreas das doenças infecciosas e do câncer (BASTOS et al., 2016). Os promissores resultados químicos e farmacológicos aqui demonstrados viabilizam a utilização das classes químicas estudadas na representação de novas possibilidades terapêuticas, uma vez que já foram descritos seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, além de serem moléculas com grande possibilidade de serem manipuladas assim permitindo alterações estruturais, moleculares e substituições em sua estrutura química, assim, pode-se potencializar o efeito contra o patógeno, causar inibição ou ativação de alguma enzima, receptor, bem como alterar suas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas entre diversas outras atividades (FAGAGNA et al., 2003). Diante o exposto, fica evidente a importância da busca de novas substâncias bioativas com atividade antileishmania, seja de origem natural ou sintética como fonte de compostos quimioterápicos que tenham maior atividade, menos efeitos colaterais e custo moderado (TIUMAN et al., 2011).