Banca de QUALIFICAÇÃO: JUSCELINO DE SOUZA BORGES NETO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JUSCELINO DE SOUZA BORGES NETO
DATA : 16/03/2022
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

DESEMPENHO EM HABILIDADES MOTORAS FUNDAMENTAIS: DIAGNÓSTICO, DESENVOLVIMENTO E IMPACTO DO ISOLAMENTO SOCIAL NA PANDEMIA DA COVID-19


PALAVRAS-CHAVES:

desempenho motor; habilidades motoras fundamentais; educação física; ensino fundamental; TGMD – 3.


PÁGINAS: 66
RESUMO:

Este estudo investigou o desenvolvimento motor global e por habilidades motoras de locomoção e com bola de alunos do ensino fundamental I em dois períodos, durantes as aulas presenciais, antes do período de isolamento social e no início do retorno presencial das aulas escolares. Os alunos foram pesados e medidos, os pais/responsáveis responderam a uma anamnese adaptada para identificar a classe socioeconômica da família e informar a rotina diária dos participantes. Para testar o desempenho motor foi utilizado o Test of Gross Motor Development – 3 (TGMD-3). Esse teste avalia 13 habilidades motoras fundamentais divididas em dois subtestes: habilidades de locomoção (corrida, galope, salto com um pé, saltitar, salto horizontal e corrida lateral) e habilidades com bola (rebater com bastão a bola estacionária, rebater com a raquete a bola em movimento, quicar, receber, chutar, arremessar por cima do ombro e arremessar por baixo do ombro). Os participantes foram filmados realizando as habilidades e posteriormente, as filmagens foram avaliadas conforme os critérios estabelecidos no teste, com base nos componentes comportamentais de cada uma das habilidades. Foram adotadas as medidas de quociente motor amplo, escore bruto e escore padrão por subteste, além da análise qualitativa. No estudo 1 – Os resultados demonstraram que os participantes da pesquisa estão com o desempenho motor aquém do esperado para a idade. A maioria brincava em casa (84,2%), tinham mais de duas horas por dia para fazer o que quiser (73,7%) e não participava de atividade orientada fora do contexto das aulas de educação física (68,4%). Eles demonstraram melhor desempenho quanto ao subteste de locomoção (47,4% na média) do que no subteste de habilidades com bola (5,3% na média) (Qui-quadrado X2 = 10,5; p = 0,04). Portanto é possível supor que as oportunidades de realizar tarefa ao longo da vida foram mais voltadas para o desempenho de atividades de locomoção do que habilidades com bola. Porém, devido ao baixo desempenho motor global, é possível inferir que somente as aulas de educação física escolar não são suficientes para o bom desempenho nas habilidades motoras fundamentais, tanto para os meninos quanto para as meninas. No estudo 2 – O desempenho motor global dos alunos está aquém do esperado para a idade, principalmente nas habilidades com bola. Ênfase para as meninas que foram ainda piores que os meninos, mais especificamente nas habilidades de quicar e chutar a bola. Conclui-se que os estímulos recebidos pelas crianças ao longo da vida, principalmente com manuseio de objetos, inclusive nas aulas de educação física, não foram o suficiente para desenvolver as habilidades motoras fundamentais das crianças. No estudo 3 – houve estabilização das habilidades com bola e melhora das habilidades de locomoção, no entanto piorar ou se manter estável, com relação ao desenvolvimento motor é contraditórios à teoria da maturação em que as crianças, independente do meio em que vivem, ao amadurecer o sistema nervoso central, o desenvolvimento em habilidades motoras fundamentais acompanha. Talvez a mudança na rotina possa contribuir para a explicação, uma vez que a maioria dos participantes aumentaram o tempo gasto com aparelhos tecnológicos como celular, computador e tablete, consideradas atividades sedentárias, também aumentar o tempo em que dormem e passaram a brincar mais em casa, o que foi estatisticamente significativo e que tem associação negativa ao desempenho das habilidades motoras fundamentais. A proporção de participantes que passaram a realizar tarefas domesticas aumentou significativamente, e isso teve associação positiva para a melhora no desempenho das habilidades de locomoção. No entanto, o desenvolvimento motor é multicausal e indissociável dos fatores ambientais, portanto um fato isolado não explica o fenômeno como um todo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1347706 - ALBA OTONI
Externa ao Programa - 1680498 - MARCIA CHRISTINA CAETANO ROMANO
Externo à Instituição - WENDELL COSTA BILA - UEMG
Notícia cadastrada em: 04/03/2022 14:13
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