Banca de QUALIFICAÇÃO: ROMMEL LARCHER RACHID NOVAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROMMEL LARCHER RACHID NOVAIS
DATA : 27/04/2022
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

Avaliação da composição corporal por métodos de imagem, antropometria e bioimpedância em pacientes do ambulatório pós COVID 19 de Divinópolis, MG e sua relação com histórico patológico e a qualidade de vida


PALAVRAS-CHAVES:

COVID-19 Composição corporal; Ultrassonografia; Fotodensitometria de raios X; Bioimpedância; Antropometria.


PÁGINAS: 142
RESUMO:

Introdução: A COVID-19 é uma doença recente, que gera preocupações no meio científico devido à sua alta transmissibilidade, à variedade de sua sintomatologia e ao desconhecimento em relação às suas consequências a longo prazo. Uma relação entre pior prognóstico da doença e a presença de condições de saúde relacionadas à composição corporal, como obesidade e sarcopenia, tem sido observada e, portanto, merece atenção, inclusive, em relação aos métodos utilizados para medir a composição corporal. Objetivos: estudar a qualidade de vida, aspectos da doença e a composição corporal de pacientes pós COVID, comparando diferentes métodos como a antropometria, bioimpedância (BIA) e ultrassom (US) com o dual-energy xray absorptiometry (DEXA), avaliando a correlação e concordância desses métodos. Métodos: Foi desenvolvido estudo observacional com pacientes do ambulatório pós COVID-19 em Divinópolis, Minas Gerais, com a coleta de dados referentes à doença, a qualidade de vida por meio do questionário SF-36 e à composição corporal, por meio de BIA, antropometria, ultrassom e DEXA. Resultados: Em relação à composição corporal, 44% dos pacientes foram classificados como obesos de acordo com o índice de massa adiposa corporal e 8% tinham índice de massa magra apendicular sugestivo de baixa massa muscular, medidos pelo DEXA. 64% apresentaram circunferência abdominal substancialmente aumentada. Quanto a COVID-19, 47,6% precisaram de internação durante a fase aguda da doença, 23,8% necessitaram de ventilação mecânica e 90% já estavam vacinados. Os dados de qualidade de vida revelaram que os aspectos com pior desempenho foram a limitação por aspectos emocionais (0,00) e a limitação física (25,00) e a melhor pontuação foi a da saúde mental (51,05). Houve boa reprodutibilidade das medidas do tecido adiposo e muscular por US com ICC maior que 0,90 em todas as regiões anatômicas. Houve correlação moderada entre a taxa A/G do DEXA e a circunferência da cintura e da taxa A/G com a gordura intra-abdominal medida por US (ICC= 0,567 e 0,563), respectivamente. Quanto à massa magra, houve correlação moderada positiva entre massa muscular apendicular medida pelo US e a massa magra apendicular medido pelo DEXA, com correlação de Spearman de 0,620. Em relação ao percentual de gordura, dos métodos avaliados apenas a BIA apresentou concordância com o DEXA pela análise de Bland Altman. Conclusão: as alterações da composição corporal foram frequentes, com os dados de qualidade de vida revelando limitações de aspecto emocional e físico nos pacientes. Entre os exames de composição corporal, a BIA apresentou o melhor desempenho na avaliação do tecido adiposo comparativamente ao padrão ouro. Pesquisas mais amplas são necessárias para o conhecimento mais aprofundado das características da população sintomática pós-COVID e da validade de métodos, como do US para avaliação do tecido adiposo corporal. O desenvolvimento e a validação de equações específicas para nossa população devem ser estimulados, influenciando positivamente na concordância com o DEXA.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1676450 - GUSTAVO MACHADO ROCHA
Externa ao Programa - 1680498 - MARCIA CHRISTINA CAETANO ROMANO
Externo à Instituição - WENDELL COSTA BILA - UEMG
Notícia cadastrada em: 29/03/2022 11:00
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