A TRAGÉDIA DE MARIANA UMA RECORTE SISTÊMICO
Tragédia, Mariana, Sócioeconômico
Após cinco anos do maior desastre ambiental da história do Brasil: : o rompimento da
barragem de Fundão no município de Mariana, pertencente a empresa Samarco, sendo
essa uma Joint Venture das empresas Vale S.A. & BHP Billiton, que causou diversos
danos ambientais, econômicos, sociais afetando significativamente o desempenho
econômico do Estado do Espírito Santo e Minas Gerais. Nessa perspectiva esse trabalho
busca analisar os aspectos socioeconômicos decorrentes dessa tragédia com o enfoque
no município de Mariana. O PIB per capita em Mariana, em 2015 antes do desastre era
de R$ 55.349,36 após a tragédia em 2016 esse valor caiu para R$ 37.570,69, totalizando
uma queda de mais de 1/3 no PIB per capita em apenas um ano. Esse dado reflete a
dependência econômica do município em relação a atividade extrativista e toda a rede a
ela integrada. Além do declínio econômico, deve-se levar em consideração a perda do
patrimônio material e imaterial, que pode gerar intenso sofrimento por vezes quase
insuperável. Estudos realizados junto a comunidade de Bento Rodrigues indicam vários
danos metais na população diretamente atingida. O desastre da Samarco não pode e não
deve ser visto como uma excepcionalidade e sim como uma tragédia quase anunciada.