Relatos, momentos e história: a construção cênica de Ione de Medeiros e Grace Passô.

Direção Teatral; Teatro Mineiro; Gênero; Ione de Medeiros;Grace Passô.

Partindo do livro Problemas de gênero, nos colocamos a pensar a questão de gênero, como ela interfere na construção cênica de Ione de Medeiros e do Grupo Oficcina Multimédia, assim como interfere também na

obra de Grace Passô. Neste tocante, a presente pesquisa tem como intuito fazer essa reflexão a partir de dois espetáculos: Bom Dia Missislifi (1993), cuja direção é de Ione de Medeiros e Por Elise (2005), direção de Grace Passô, buscando relacioná-los aos pensamentos de Judith Butler no que se refere à questão de gênero. Judith Butler é filósofa pós-estruturalista e uma das principais teóricas da questão contemporânea do feminismo, estudos queer, filosofia, política e ética. Buscamos relacionar esses dois espetáculos à questão de gênero, que Butler nos propõe, por compreendermos que há nas concepções cênicas de ambas as diretoras e nos espetáculos citados um

atravessamento, no que se refere a gênero. Para tanto, basta saber que dos anos 80 até o final dos anos 90, o número de mulheres atuando como diretoras de teatro em Minas Gerais, era muito pequeno se comparado ao número de homens na mesma função.