COINOCULAÇÃO DE AZOSPIRILLUM E FUNGOS MICORRÍZICOS ARBUSCULARES NO DESENVOLVIMENTO DA UROCHLOA BRIZANTHA PARA USO EM PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR ATIVIDADE AGRÍCOLA
Braquiária; Pastagens; Azospirillum; Micorrizas; Brizantha
O Brasil é o maior exportador de carne bovina do mundo e tem as pastagens como a base da alimentação de praticamente toda a produção no país. No entanto, o país possui cerca de 70 milhões de hectares de pastagens com algum nível de degradação (DIAS, 2011) sendo necessário que o setor pecuário lance mão de tecnologias que visem a recuperação dessas áreas e o manejo mais eficiente de pastagens (MARTHA JUNIOR et al., 2012). Estudos têm sido realizados com o objetivo de identificar microrganismos que possuam simbiose com gramíneas e promovam um melhor desenvolvimento da planta e o aumento da produção ao passo que contribuam para a qualidade do solo e diminuição da degradação. Diante disso, este trabalho tem como objetivo a avaliação da influência da simbiose entre Fungos Micorrízicos Arbusculares (FMA) e Azospirillum sp. no desenvolvimento inicial do Capim-Marandu através do desenvolvimento de protocolo de coinoculação desses microrganismos em sementes de U. brizantha. Os experimentos foram conduzidos no Laboratório de Ecologia Microbiana - Núcleo de Biologia Aplicada (NBA) e no Laboratório de Microbiologia do Solo, ambos pertencentes à Embrapa Milho e Sorgo, em condições de casa de vegetação utilizando solo natural e substrato contendo vermiculita e areia (2:1) com foco no estabelecimento das simbioses. Foram testadas 03 cepas de Azospirillum sp., 2 cepas de FMA, a sinergia entre elas e o controle. O delineamento experimental foi em blocos inteiramente casualizados (DBC), em esquema fatorial 4x3x4. As avaliações foram feitas 60 dias após o plantio. Os parâmetros avaliados são área foliar; área radicular; número de perfilhos; peso fresco, peso seco e massa seca radicular e da parte aérea; taxa de colonização no sistema radicular de fungos e bactérias. A viabilidade das sementes foi analisada através dos testes de germinação, embebição, protocolos de limpeza e quebra de dormência. Técnicas moleculares baseadas em análises genotípicas de DNA para a identificação dos microrganismos bacterianos foram aplicadas.