INDICADORES PARA ECONOMIA SOLIDÁRIA – UM ESTUDO DE CASO NO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DE MINAS/MG.
Empreendimentos Solidários. Indicadores. Tecnologia Social.
Este trabalho aborda as tecnologias sociais como ferramenta para promover o desenvolvimento e o aprimoramento dos empreendimentos de economia solidária. A literatura aponta que as tecnologias sociais são esforços cooperativos entre agentes sociais, instituições não governamentais, o poder público e instituições de pesquisa que convergem no interesse de alavancar o desenvolvimento econômico, solidário e local. A partir da perspectiva apresentada a pesquisa analisa o papel da economia solidária no município de Santa Cruz de Minas/MG, a partir da Lei Municipal nº 977/2015. Propõe o desenvolvimento de uma ferramenta a partir de indicadores, com o objetivo de construir subsídios à tomada de decisões dos atores envolvidos no referido processo das ações relacionadas à economia solidária no município. A ferramenta aqui intitulada de arcabouço analítico, consiste na definição dos indicadores com a participação dos atores envolvidos nos empreendimentos e a reunião desses indicadores como ferramenta de gestão. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória, ancorada em aspectos qualitativos, utilizando o estudo de caso como estratégia. A coleta de dados se deu por meio do estudo bibliográfico; da pesquisa documental em fontes secundárias, tais como leis, documentos da Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP), dos empreendimentos e da prefeitura; da aplicação de questionários a empreendedores solidários envolvidos em todas as ações relacionadas à economia solidária do município para a definição dos indicadores. Definidos os indicadores, para a confecção do arcabouço analítico, foi utilizada a ferramenta Microsoft Excel®. Os dados mostram que as tecnologias sociais são de extrema necessidade para o desenvolvimento desses empreendimentos e que os incentivos, através das políticas públicas existentes, ainda carecem tomar forma e força para atender anseios da sociedade e transferir o conhecimento gerado nas Instituições Federais de Ensino (IFEs). São necessárias ações e parcerias convergentes que aliem a extensão das IFEs, as políticas públicas, os empreendedores solidários locais e as instituições públicas e não governamentais, voltadas para a inovação e o desenvolvimento, em busca do resgate da cidadania de grupos marginalizados.