Banca de DEFESA: ANA FLAVIA PEREIRA DE MIRANDA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA FLAVIA PEREIRA DE MIRANDA
DATA : 03/07/2024
HORA: 14:30
LOCAL: On-line
TÍTULO:

A MATERIALIZAÇÃO POLÍTICA DOS SENTIDOS: UMA ABORDAGEM SEMÂNTICO-ENUNCIATIVA DAS FORMAÇÕES NOMINAIS DIA E NOITE

 


PALAVRAS-CHAVES:

 

Semântica da Enunciação. Formação nominal. Referencial histórico. Redes enunciativas. Mitologia judaico-cristã.


PÁGINAS: 104
RESUMO:

Esta pesquisa se filia à teoria balizada pela Semântica da Enunciação e tem como reflexão os efeitos de sentido (des)regularizados pelas formações nominais (FN) que se apresentam organizadas em torno dos nomes-núcleo “dia”, “noite”, “luz”, “trevas/escuridão” e dos convergentes “diurno” e “noturno”. Estamos alicerçados pela noção de que a realidade ganha pertinência na enunciação; assim, de que não há objetos, com pertinência social, anteriores ao dizer. Postulamos, desse modo, que a proliferação da mitologia judaico-cristã no Ocidente atua na enunciação do dia e da noite. Embasados, então, nos conceitos de formação nominal, referencial histórico e pertinência enunciativa, desenvolvidos por Dias (2013, 2015, 2018), bem como nas noções de acontecimento, espaço de enunciação, cena enunciativa e político, apresentadas por Guimarães (2017 [2002], 2018), temos a hipótese de que a Bíblia Cristã, ainda hoje, rege, de forma predominante, os referenciais das FNs que tencionamos analisar. Isso posto, perpassa-nos o entendimento de que tanto o “Livro do Gênesis” como o “Evangelho de João”, ao designarem a luz, o claro e o bom como “dia”; e as trevas, a escuridão e o que não é bom como “noite”, constituem sócio-historicamente a memória enunciativa dessas FNs e, por conseguinte, ancoram-lhes a atualidade. Amparados metodologicamente pelo procedimento de análise denominado redes enunciativas (Dias, 2018, 2023), buscaremos, de forma geral, analisar em que medida os efeitos de sentido dessas formações nominais se sustentam nos referenciais históricos mobilizados enunciativamente pela mitologia judaico-cristã; de forma simultânea, procuraremos explicitar, especificamente, a participação do viés político nas divisões enunciativas que se configuram no dizer, detalhar as duas subcategorias de referencial histórico (Martins, 2021), bem como discorrer, brevemente, acerca de como podemos revisitar os conceitos de sinonímia e de antonímia por meio do olhar semântico-enunciativo. Acreditamos, por fim, que há uma soberania do político nos enunciados que, ancorados na mitologia, fazem emergir, por exemplo, a escuridão e a luz de forma tão diáfanas no Ocidente. Posto que o mito é um modo de significação (Barthes, 2001 [1957]), postulamos que somente por intermédio da linguagem — que é política —, e não de algo divino, relacionamo-nos com a história e, de modo delimitado, nesta pesquisa, com a mitologia judaico-cristã, dada histórica e enunciativamente.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2141391 - LUCIANI DALMASCHIO
Interna - 2141488 - NADIA DOLORES FERNANDES BIAVATI
Externo à Instituição - LUIZ FRANCISCO DIAS - UFMG
Notícia cadastrada em: 17/06/2024 18:41
SIGAA | NTInf - Núcleo de Tecnologia da Informação - +55(32)3379-5824 | Copyright © 2006-2025 - UFSJ - sigaa02.ufsj.edu.br.sigaa02