Banca de DEFESA: FELIPE AUGUSTO SILVA ADÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE AUGUSTO SILVA ADÃO
DATA : 28/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: meet.google.com/xbc-vayr-ixk
TÍTULO:

As canções no álbum Pajubá como estratégia contra-hegemônica de resistência

PALAVRAS-CHAVES:

Canções; Contra-hegemonia; Resistência; Identidades.

PÁGINAS: 99
RESUMO:

A representatividade, no cenário global atual, se tornou um tema de grande discussão. Conforme a sociedade evolui, as pessoas buscam se identificar na mídia. Porém, diversas categorias, posturas, vozes, cores e formas estão longe dos holofotes. Os indivíduos fora desses “lugares” são marginalizados como se não existissem ou se sua existência fosse menos relevante que a de outros. Apesar das mudanças, ainda ocorrem casos, nos quais aqueles que estão à margem da sociedade ocupam as mídias para representar papéis estereotipados como é o caso do negro, na maioria das vezes, representado como bandido, escravizado, ocupando cargos menos prestigiados na sociedade; os gays caricaturados apenas como profissionais do sexo. Por isso, falar em ser representatividade para esse público se faz importante. Assim, este trabalho pode contribuir para reflexões sociais acerca de grupos marginalizados. O problema pode ser resumido da seguinte forma: como encontrar um meio eficaz de promover ampla adesão social e discutir questões importantes, especialmente sobre a marginalização de grupos na sociedade, tanto no presente quanto no passado? Em outras palavras, como encontrar uma linguagem capaz de dar voz às pessoas ou pouco prestigiadas socialmente? A resposta está na linguagem artística, como, por exemplo, as canções. As canções marcam fortemente a existência humana, canta-se em momentos felizes e tristes, para celebrar ou não, sendo um modo de expressão linguística da humanidade, sendo assim, constituídas para que pessoas se identifiquem de alguma maneira, criem conexões, sejam pelas letras ou pelos aspectos musicais, para que assim possam ser comercializadas. Logo, se faz necessário um tipo de identificação (conexão) para sua viabilização comercial ao público, podendo ser pela letra, ritmo, harmonia, melodia, entre outras questões. Tomando seu caráter discursivo, ela pode ser usada também como forma de denúncia ou reconstrução ideológica. Pois, em virtude das próprias relações de dominação, outras ideologias surgem como um tipo de resposta ao posto. Desse modo, esta pesquisa tem o objetivo de mostrar o movimento subversivo e contra-hegemônico de resistência do primeiro álbum de estúdio da cantora Lin da Quebrada, através da Teoria Social do Discurso (2001). Como base teórica, nos apoiaremos na Análise Crítica do Discurso (ACD) proposta por Fairclough (2001) e na Análise Crítica da Música (ACM) proposta por Van Leeuwen (2012). Dessa forma, essa pesquisa se divide em analisar os aspectos da materialidade textual das letras com a ACD nas seguintes categorias: vocabulário, metáfora, coesão e gramática pela dimensão da Prática Textual. Tal qual, nos aspectos musicais com a ACM nas categorias das canções como, ritmo, melodia e harmonia, a dimensão da Prática Discursiva, construindo assim uma análise lítero-musical onde se têm os aspectos textuais e musicais analisados e posteriormente a terceira dimensão subversiva do álbum com a Prática Social. Com o intuito de mostrar a contra-hegemônia e resistência presente no projeto também pudemos evidenciar aspectos ligados às identidades de gênero e étnico-raciais que emergem das 16 canções, produzindo um discurso de exaltação, reexistência e humanização das identidades.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1544164 - CLAUDIO MARCIO DO CARMO
Interno - 986744 - ANTONIO LUIZ ASSUNCAO
Externo à Instituição - JANAINA DE ASSIS RUFINO - IFSUDESTEMG